Semana de agenda intensa aqui e no exterior, com foco difuso entre atividade econômica, inflações, setor externo, mercado imobiliário, reação às decisões de juros na semana anterior e, localmente, a questão política.
Os membros do Fed continuam a emitir um sinal uníssono quanto à inflação, destacando que os movimentos mais recentes de arrefecimento podem se traduzir como uma estabilidade de preços, mas não pode ser ainda considerados o pico das medidas.
Neste sentido, o que os formuladores de política querem dizer é para o mercado ainda não se animar com um possível cenário de fim do aperto, em meio aos desafios impostos pela inflação, afinal, boa parte do arrefecimento de preços saiu de um petróleo artificialmente baixo em nível internacional.
O sinal emitido pelos bancos centrais europeus não foi muito diferente, mesmo com deflações consecutivas assolando o continente, talvez seguindo a mesma perspectiva observada pelo banco central americano.
Daí a reação negativa dos mercados, especialmente de renda variável e de um arrefecimento quase generalizado das commodities, seguindo a tendência de um cenário econômico mais modesto em 2023.
Localmente, as atenções se voltam ao IPCA-15, coleta de impostos e setor externo, com possível novo arrefecimento inflacionário, após o pico em dados mais recentes e um IPCA abaixo das expectativas do mercado.
Neste sentido, o trabalho da política monetária continua concentrado no futuro da questão fiscal e parafiscal e de como isso pode atrapalhar a condução dos juros, em meio aos desafios do novo governo.
Os prazos para o novo governo tentar aprovar a PEC da transição é praticamente encerrado, sendo que o Congresso entra em recesso no dia 22 próximo e as diplomações terminam amanhã, praticamente encerrando a atual legislatura.
Para completar, num total desprezo pelo ritmo de separação de poderes e atuando como legislador, Gilmar Mendes decidiu que os programas de transferência de renda, notadamente o Auxílio Brasil, não entram no teto dos gastos e deve ser considerado despesa extraordinária, pois afinal, para que o congresso, não é mesmo?
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, em reação pelas decisões do BoE, BCE e ao FOMC na semana passada.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, apesar dos esforços do governo chines em estabilizar a economia.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, otimistas com os planos na China de retomada da atividade econômica.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,31%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3068 / -0,12 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,538%
Dólar / Yen : ¥ 136,02 / -0,483%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / 0,724%
Dólar Fut. (1 m) : 5311,79 / -0,25 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,83 % aa (-0,47%)
DI - Janeiro 24: 13,94 % aa (0,35%)
DI - Janeiro 26: 13,69 % aa (1,59%)
DI - Janeiro 27: 13,62 % aa (1,75%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,8502% / 102.856 pontos
Dow Jones: -0,8486% / 32.920 pontos
Nasdaq: -0,9724% / 10.705 pontos
Nikkei: -1,05% / 27.238 pontos
Hang Seng: -0,50% / 19.353 pontos
ASX 200: -0,21% / 7.134 pontos
ABERTURA
DAX: 0,400% / 13948,62 pontos
CAC 40: 0,540% / 6487,49 pontos
FTSE: 0,390% / 7360,74 pontos
Ibov. Fut.: -1,10% / 104543,00 pontos
S&P Fut.: 0,27% / 3889,5 pontos
Nasdaq Fut.: 0,317% / 11380,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,26% / 112,41 ptos
Petróleo WTI: 0,70% / $74,81
Petróleo Brent: 0,73% / $79,62
Ouro: 0,21% / $1.797,10
Minério de Ferro: -3,15% / $107,75
Soja: -0,91% / $1.466,75
Milho: -0,77% / $647,75
Café: -4,29% / $164,15
Açúcar: 0,45% / $20,24