Bom dia, turma!
Agora, pela manhã, mais precisamente as 9:15, haverá a decisão da taxa de juros na Europa e a declaração da política monetária por lá. As 9:45, será a coletiva de imprensa do BCE e, no final da manhã, vamos acompanhar de perto o discurso de Christine Lagarde para tentar entender o ritmo de aumento de juros por lá. Ontem, mercado já trabalhou bastante na expectativa de que os juros subam entre 0,25p.p. e 0,5p.p. na Zona do Euro pela primeira vez em muitos anos e, o que fez com que o dólar fechasse o dia cotado a R$ 5,4604.
Para tentar conter a inflação cada vez mais arraigada, as economias fortes subirão os juros. Após a decisão de hoje na Europa, as atenções se voltarão para o dia 27, quando o Fed anunciará a decisão de política monetária dos EUA, que deve ser entre 0,75p.p. e 1p.p. de aumento.
O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis moedas rivais, subiu 0,37%, aos 107,076 pontos ontem, e o euro cedia a US$ 1,0179. A queda do euro ontem se deu pelo anúncio de que a União Europeia (UE) planeja reduzir o seu consumo de gás em 15% até o fim de março do ano que vem. A notícia deixou investidores mais pessimistas quanto à perspectiva de crescimento do bloco, já prejudicada pela alta inflação e interrupções nas entregas de gás da Rússia.
Na Europa, em tempos de alto desemprego e baixa demanda interna, uma taxa de câmbio mais baixa costumava ser vantajosa, pois melhorava a competitividade do setor exportador. Agora, a relação custo-benefício é outra: há tensão no mercado de trabalho, as empresas já estão operando a plena capacidade e o risco de desincorporar as expectativas de inflação é o principal problema interno. Uma taxa de câmbio forte é benéfica neste caso. É por isso que vários bancos centrais têm nos surpreendido ultimamente com altas mais fortes e rápidas de juros.
Vamos acompanhar os impactos dessa subida de juros na Europa hoje no mercado de câmbio doméstico.
Para hoje, acompanharemos também os pedidos por seguro desemprego nos EUA.
Bons negócios, pessoal!