O livro Bege ontem nos EUA se uniu aos indicadores do mercado de trabalho divulgados mais cedo para reforçar um sinal importante do Federal Reserve, os salários importam.
O custo de mão de obra com resultado trimestral de 2,5%, acima das expectativas, se une à inflação considerada moderada na maioria dos distritos regidos pelo Fed, onde se demonstraram também elevações de salários.
Os temores ainda residem no temor de uma reação abrupta da maior renda e dos juros baixos, com salário em crescimento na inflação, conforme dita a teoria econômica, em especial, a curva de Phillips.
Porém, esta mesma falta de reação tem reforçado o gradualismo da autoridade monetária americana e uma posição “conservadora” de outros bancos centrais no mundo.
Enquanto essa dúvida não se dissipa, o Fed tende a focar no mercado de trabalho para justificar mais uma série de apertos monetários.
CENÁRIO POLÍTICO
Trump ontem desdisse o oposto do que disse antes. Ou seja, a guerra comercial, “pode ser” que não seja irrestrita e alguns países podem se beneficiar do que já tem com os EUA.
Tal retórica demonstra que o presidente americano deu demais a Peter Navarro e sua retórica protecionista e serve à heterodoxia econômica, num movimento que o aproxima mais da esquerda do que da direita mundial.
Porém, mesmo com Navarro ganhando força após a saída de Cohn, a retórica de Trump esbarra no poder econômico da China, principalmente na quantidade de Tresury Bonds que pode utilizar numa guerra comercial em grande escala.
Por mais uma vez, o problema do presidente americano é dar ouvido a somente ao que ele quer ouvir, mesmo que seja um desastre.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é sem rumo, e os futuros NY abrem em queda, na expectativa pela decisão de juros do Banco Central Europeu.
Na Ásia, o fechamento foi com ganhos, seguindo a mudança de discurso de Trump.
O dólar opera em alta consistente contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam em baixa em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a “vítima”, o minério de ferro, continuam em queda, assim como o setor todo, com exceção do paládio.
O petróleo abre em queda em todas as praças, com o aumento da oferta americana.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 2%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2433 / 1,00 %
Euro / Dólar : US$ 1,24 / -0,298%
Dólar / Yen : ¥ 106,07 / 0,000%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,144%
Dólar Fut. (1 m) : 3249,28 / 0,88 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,45 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,36 % aa (-0,41%)
DI - Janeiro 22: 8,83 % aa (0,11%)
DI - Janeiro 25: 9,58 % aa (0,31%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,20% / 85.484 pontos
Dow Jones: -0,33% / 24.801 pontos
Nasdaq: 0,33% / 7.397 pontos
Nikkei: 0,54% / 21.368 pontos
Hang Seng: 1,52% / 30.655 pontos
ASX 200: 0,69% / 5.943 pontos
ABERTURA
DAX: -0,404% / 12195,83 pontos
CAC 40: 0,253% / 5200,96 pontos
FTSE: 0,007% / 7158,32 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 86109,00 pontos
S&P Fut.: 0,136% / 2727,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,390% / 6951,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,36% / 87,72 ptos
Petróleo WTI: -0,15% / $61,06
Petróleo Brent:-0,22% / $64,20
Ouro: 0,02% / $1.325,89
Minério de Ferro: -1,36% / $74,51
Soja: -0,85% / $19,25
Milho: -0,20% / $378,50
Café: -0,54% / $119,30
Açúcar: 1,88% / $13,03