Com Paula Zogbi
Difícil quem não tenha sido impactado por notícias sobre os ruídos políticos que antecederam a reunião do Copom no dia 19. O governo voltou a criticar a condução da política monetária do país, mesmo antes de os membros do comitê confirmarem as expectativas do mercado ao decidirem pela manutenção da taxa Selic em 10,5% ao ano, com unanimidade nos votos dos participantes.
Em linha com os argumentos de analistas, o comunicado justificou a decisão sinalizando que o processo de desinflação está mais lento, existe maior desancoragem das expectativas de inflação e o cenário global permanece desafiador. Também afirmou que o contexto demanda serenidade e moderação da política monetária. A expectativa generalizada é de que esse patamar elevado de juros deve ser mantido pelos próximos meses, e há quem acredite até mesmo na possibilidade de novas altas nas taxas.
Por trás dessa expectativa está a visão de que o espaço para afrouxamento monetário reduziu muito nos últimos meses. Enquanto isso, o dólar vem se apreciando rapidamente e apresenta um dos melhores desempenhos acumulados entre os investimentos em 2024.
LEIA MAIS: O que são e como funcionam os títulos públicos
Mas o que está acontecendo? Certamente existem fatores domésticos por trás dessa evolução negativa. Em particular, investidores não têm visto com bons olhos os últimos movimentos da política fiscal e do relacionamento do governo com estatais. As expectativas de inflação estão desancoradas e existem suspeitas sobre a eventual contaminação política nas indicações para a diretoria do Banco Central (BC). É fato que o real tem se desvalorizado mais que outras moedas frente ao dólar: nesta semana, se tornou a pior moeda de 2024 entre emergentes.
Mas o contexto internacional é central, principalmente as perspectivas para as taxas de juros nos EUA. Após a reunião do Fomc na semana passada, a visão dominante é que devemos ter apenas um corte de 0,25 ponto porcentual neste ano e que o espaço para redução dos juros no ano que vem deve ser pequeno em se mantendo as condições observadas atualmente.
Neste cenário, as opções de investimento em renda fixa em dólar têm chamado a atenção, não só pela valorização em relação ao real, mas também pelas taxas historicamente elevadas praticadas atualmente.
O rendimento atual das Treasuries de 10 anos, de 4%, é historicamente elevado considerando que são ativos ‘livres de risco’. Mas o mais interessante é que, olhando para um prazo curto, estamos diante de um rendimento entre 5,1% a 5,4% nos títulos do tesouro americano para vencimentos entre 1 ano e 3 meses. É o equivalente a ‘dólar + 5%', e para títulos com liquidez - oportunidade rara no histórico do mercado.
A Nomad oferece ETFs de índices, ativos privados ou títulos do tesouro americano, uma maneira simples de investir de forma diversificada em renda fixa, sem precisar dispor de um patrimônio muito alto. Muito em breve vamos lançar a melhor prateleira de títulos em renda fixa para quem quer mais segurança e proteção para o seu patrimônio em moeda forte: uma solução para investir em bonds e CDs no mercado americano da maneira que fizer mais sentido na sua carteira.
Encontre dados avançados sobre ações e ETFs dos EUA com o InvestingPro. Para um desconto especial, use o cupom INVISTA para as assinaturas anuais e de 2 anos do Pro e Pro+