A sinalização de alta de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) deu o tom ao mercado ontem. Só não entendi qual a surpresa? Afinal, o mercado já sabia que isso ocorreria. A moeda fechou cotada a R$ 4,9166 na venda.
Hoje, mais um dia complicado para o câmbio, com a divulgação de dados de inflação norte-americana e, portanto, veremos a reação do dólar após esses dados. Caso a leitura mostre aceleração da alta dos preços na maior economia do mundo, podem crescer as apostas num posicionamento mais agressivo por parte do Federal Reserve, banco central do país. E, portanto, cenário de alta para o dólar, daí sim sobe mais. Senão, a coisa alivia um pouco para o lado do real.
Vamos de notícia boa? Houve um arrefecimento mais intenso do que o esperado na inflação doméstica. O IPCA desacelerou a alta de 1,06% em abril para alta de 0,47% em maio. O alívio na inflação é uma boa notícia, mas tem o lado complicado disso que é a possibilidade de o nosso Banco Central encerrar o ciclo de aperto de juros neste mês. E, enquanto os bancos centrais mundo a fora estariam iniciando as altas, nós por aqui estaríamos parando de subir juros. A taxa está atualmente em 12,75% ao ano, e dia 15 subirá mais. A pergunta é sempre a mesma, quanto e até quando isso continuará. E vamos ver se o carry trade segue nos beneficiando.
Hoje, teremos discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE, e nos EUA o CPI.
Ótimo final de semana, pessoal.