Os BDRs da XP investimentos (SA:XPBR31) fecharam em forte queda de -5,86 por cento na semana passada, pressionados pelo movimento de Itaúsa (SA:ITSA4), que vendeu 12 milhões de ações classe A de emissão da XP Inc (NASDAQ:XP)., correspondentes a 2,14 por cento do capital total corretora, pelo valor aproximado de 1,8 bilhão de reais.
A holding já tinha vendido uma primeira fatia de sua participação desde a cisão do Itaú (SA:ITUB4) na XP, em dezembro, e levantou 1,2 bilhão de reais com a venda de 7,8 milhões de ações.
A previsão é que até outras 24 milhões de ações ordinárias sejam alienadas ainda este ano, mas não há cronograma definido, segundo informações do Pipeline.
De acordo com a companhia, a redução de posição na XP acontece por dois motivos principais: (i) a XP não é um ativo estratégico para a Itaúsa; e (ii) a holding precisa recompor o caixa devido aos últimos investimentos realizados.
Compra de fatia da CCR
O curioso é que, segundo a Reuters, a holding teria formado uma parceria com o Votorantim para a compra de uma fatia de 14,86 por cento que a Andrade Gutierrez tem na CCR (SA:CCRO3).
A transação teria sido avaliada em mais de 4,1 bilhões de reais, com o preço de 13,75 de reais por ação.
Os outros acionistas do bloco de controle, Mover e grupo Soares, têm 60 dias para exercer o direito de preferência na compra das ações da CCR.
XPBR31 ainda vale a pena?
Você deve estar se perguntando se os BDRs da XP valem a pena, mesmo depois do banco Itaú e do conglomerado Itaúsa reduzirem participação acionária na empresa.
Sim. A estimativa de crescimento do lucro para 2022 é de cerca de 30 por cento e, mesmo com a queda do volume de investimento em renda variável, a companhia ainda ganha com a migração para a renda fixa.
Negociando com um múltiplo de 24x lucros, reiteramos nossa recomendação de compra para as ações da XP.