CENÁRIO POLÍTICO
Especulações, conjecturas, apostas, adivinhações. Hoje será o dia em que o “guessing”, ou chutômetro pode imperar entre todas as análises, dada a completa incerteza quanto à sequência dos eventos em vista às delações dos proprietários da JBS (SA:JBSS3).
A tropa de choque do governo, entre eles ministros gravam um video com o lema “O Brasil não pode parar” e de certa maneira, estão corretos, pois a maior questão em si não é a queda de um presidente, o qual poucas pessoas confiavam, nem de um partido notoriamente envolvido em todos os eventos um tanto suspeitos nos últimos anos.
O maior problema é a dificuldade em se avançar com as reformas que dariam a sustentação necessária para o aprofundamento dos cortes de juros por parte do COPOM, até ontem precificados em 125 bp pelo mercado.
Sem tais reformas, é possível se conjecturar cortes mais modestos no curto prazo, inclusive abaixo de 100 bp e uma pausa no afrouxamento monetário.
Tudo obviamente depende da veracidade e auditoria das gravações e obviamente, da reação do congresso e da continuidade ou não dos apoios angariados pós impeachment.
A única certeza no curto prazo continua a ser a incerteza, principalmente com problemas políticos de enorme magnitude também nos EUA, com a série quase interminável de problemas em que Donald Trump tem se envolvido por conta do envolvimento eleitoral com a Rússia e a demissão de James Comey.
Voltar a subir juros no Brasil? Neste momento, é a especulação mais irresponsável neste momento, porém imaginar uma pausa é uma possibilidade mais concreta.
Nas inclinações de curvas de juros, podemos conjecturar que nosso cenário anterior de afrouxamento, reduzido de um corte, poderíamos especular um de 100 bp, um de 75 bp e um de 50 bp porém ainda dentro do contexto de especulação.
CENÁRIO DE MERCADO
A questão política americana e brasileira mostram peso e os mercados continuam em queda pela manhã. A abertura é de queda na Europa e nos futuros das bolsas em NY, com o fechamento na negativo na Ásia.
O dólar opera em estabilidade global desde a abertura contra a maioria das divisas, enquanto o rendimento dos Treasuries registra queda em todos os vencimentos observados. O Iene continua a atrair no flight to quality.
Entre as commodities metálicas, somente sobem o ouro, na perspectiva de maior risco e o minério de ferro em diversos portos chineses.
O petróleo opera em queda em todas as praças, com a melhora dos estoques a serem divulgados hoje nos EUA.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1391 / 1,35 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,224%
Dólar / Yen : ¥ 110,36 / -0,424%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,501%
Dólar Fut. (1 m) : 3135,43 / 0,84 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 8,98 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 8,81 % aa (0,11%)
DI - Janeiro 21: 9,59 % aa (0,84%)
DI - Janeiro 25: 10,11 % aa (0,80%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,67% / 67.540 pontos
Dow Jones: -1,78% / 20.607 pontos
Nasdaq: -2,57% / 6.011 pontos
Nikkei: -1,32% / 19.554 pontos
Hang Seng: -0,62% / 25.137 pontos
ASX 200: -0,82% / 5.738 pontos
ABERTURA
DAX: -0,901% / 12517,82 pontos
CAC 40: -1,150% / 5256,73 pontos
FTSE: -1,348% / 7402,29 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 67973,00 pontos
S&P Fut.: -0,361% / 2349,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,309% / 5561,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,21% / 82,96 ptos
Petróleo WTI: -1,75% / $48,21
Petróleo Brent:-1,65% / $51,35
Ouro: 0,22% / $1.264,19
Aço: 0,91% / $62,04
Soja: 0,05% / $18,29
Milho: -1,75% / $365,00
Café: 2,28% / $132,20
Açúcar: -3,25% / $15,75