Como dificilmente seria diferente, as atenções do mercado financeiro internacional continuam focadas nos desenrolares da questão do Iraque, com busca de ativos seguros como o ouro e posições mais defensivas.
O último movimento partiu do parlamento iraquiano, aprovando uma moção de expulsão das tropas americanas do território, porém, apesar de um aparente sinal político, as coisas não são assim tão fáceis para o Iraque.
Expulsar os EUA seria também deixar de receber investimentos, além de serem cobrados por vários já efetuados, assim como a retirada incluiria empreiteiras e empresas que representam os EUA no solo iraquiano.
Também sinalizaria negativamente um apoio aberto político ao Irã, o que levaria a semelhantes sanções que o país vizinho tem sofrido há anos.
Deste modo, ainda que as tensões estejam elevadas, dificilmente o Iraque deve tomar medidas ainda mais extremas, sob o risco de perder um importante aliado na frágil e tensa região.
Dentro dos EUA, o apoio a Trump sofre uma divisão, incrivelmente, dos democratas e total apoio republicano.
A resposta americana aos eventos iranianos é um movimento importante na região, que garante a segurança de americanos, daí tal divisão ocorrendo.
Outro ponto importante é, repetimos, a perspectiva de não-escalada do evento.
O Irã possui um potencial defensivo muito importante na região, perdendo talvez somente para Israel, porém o arsenal ofensivo é limitado e um confronto direto e frontal contra os EUA tenderia a levar uma desestabilização do governo iraniano, já sofrendo uma queda interna de apoio devido à ditadura.
Por enquanto, a natural tensão do mercado vem da falta de previsibilidade dos eventos e principalmente, da escalada retórica também natural de eventos de tal proporção, pois reiteramos, o que os EUA fizeram ao Irã foi de dimensões difíceis de medir, dada a importância de seus recentes alvos.
De volta ao mercado, a semana conta com dados do mercado de trabalho americano, após os impressionantes resultados mais recentes e no Brasil o IPCA, o qual tende a romper o 1% mensal, como resultado da pressão de carnes.
Hoje o mercado reage à série de PMIs, em especial o chinês e o alemão.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em baixa, com a tensão geopolítica.
Na Ásia, fechamento negativo, pelas tensões EUA-Irã.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao ouro.
O petróleo abre em alta, com a escalada no Oriente Médio. O índice VIX de volatilidade abre em alta de 13,12%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0583 / 0,84 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,269%
Dólar / Yen : ¥ 108,03 / 0,056%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,443%
Dólar Fut. (1 m) : 4053,51 / 0,50 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,27 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,78 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 6,42 % aa (0,47%)
DI - Janeiro 27: 6,75 % aa (0,60%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,7307% / 117.707 pontos
Dow Jones: -0,8103% / 28.635 pontos
Nasdaq: -0,7855% / 9.021 pontos
Nikkei: -1,91% / 23.205 pontos
Hang Seng: -0,79% / 28.226 pontos
ASX 200: 0,03% / 6.736 pontos
ABERTURA
DAX: -1,645% / 13001,67 pontos
CAC 40: -1,145% / 5974,94 pontos
FTSE: -1,038% / 7543,26 pontos
Ibov. Fut.: -0,35% / 118561,00 pontos
S&P Fut.: -0,609% / 3215,70 pontos
Nasdaq Fut.: -0,709% / 8747,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,48% / 81,75 ptos
Petróleo WTI: 1,21% / $63,77
Petróleo Brent:1,65% / $69,69
Ouro: 1,50% / $1.575,57
Minério de Ferro: 0,90% / $93,41
Soja: -1,29% / $15,66
Milho: 0,00% / $386,50
Café: -0,16% / $126,15
Açúcar: 0,90% / $13,44