Com os dados do IPCA 15 de outubro (1,20%) vindo acima do esperado e com a variação positiva do dólar no exterior frente às divisas dos países emergentes (a exceção foi o Rand Sul-Africano), o dólar fechou a sessão de ontem cotado em alta de 0,32% a R$ 5,5734.A alta acumulada em outubro é de 2,34%.
Aqui pesa muito a incerteza do mercado em relação ao desarranjo fiscal e político, influenciando diretamente na taxa do dólar.
Após o início da reunião do Copom, hoje teremos a definição da nova taxa de juros (Selic) .Mercado aposta em uma alta de no mínimo 150 pontos levando a taxa ao patamar de 7,75%. Como disse o ministro da Economia Paulo Guedes na sexta -feira: "se o fiscal ultrapassa o teto, cabe ao BC correr também com a taxa de juros a fim de trazer a inflação pra dentro da meta em 2022".
Se por um lado os juros mais altos tornam o Brasil mais atrativo para os investidores estrangeiros, que veem a possibilidade de ganharem dinheiro com o carry trade (diferença entre as taxas de juros internas e externas), por outro lado também limita o crescimento econômico com alguns dos players do mercado já apontando para uma possível recessão em 2022.
Provavelmente hoje também teremos a votação na Câmara da PEC dos Precatórios, trazendo uma mudança na regra de cálculo do teto dos gastos, visando abrir mais espaço no orçamento para o programa Auxílio Brasil, prioridade do Centrão e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que visa aumentar a sua popularidade.
No exterior, preocupa o aumento de casos de Covid-19 na China com mais províncias sendo isoladas para tentar conter o contágio .
Na Europa, o aumento da inflação preocupa os investidores que já veem como certo o começo da retirada dos estímulos pelo BCE .
Nos EUA, saíram ontem os dados da confiança do consumidor americano com resultado acima do previsto, mostrando que sua economia apesar dos percalços continua em ascensão.
Bom dia e bons negócios a todos !!!