As atenções dos investidores se voltam hoje ao resultado do Payroll, criação de postos de trabalho nos EUA, que diferente do ADP Employment, inclui o governo e no Brasil, as inflações do IGP-DI e IPCA.
Localmente, o contexto inflacionário continua favorável no curto prazo, com o recuo do item alimentação, dadas as melhoras de algumas safras sazonais e a estabilidade climática para o período e nos IGPs, o recuo do atacado, em especial bens finais também tem ajudado aos índices.
A preocupação com a contribuição do item alimentação continua, com os avanços globais da gripe suína podendo gerar um impacto significativo na demanda por proteína dos países afetados, além das pressões globais por milho e soja, em vista aos problemas nas plantações no hemisfério norte.
Ainda que o fechamento constante e forte das curvas de juros, em especial nos vértices mais longo sugira um corte da Selic por parte do COPOM, as incertezas com a guerra comercial, uma possível pressão renovada nos agropecuários e a falta de resolução do problema fiscal brasileiro reforçam um dito conservadorismo da autoridade monetária.
Hoje também, o mercado pode reagir positivamente à decisão do STF de liberar as privatizações de estatais subsidiarias sem aval do congresso, possibilitando a liberação da venda da TAG e outras empresas, aproveitando também a abertura positiva no exterior.
No contexto internacional, há uma reação positiva à perspectiva de adiamento da alta de juros na Zona do Euro, assim como da retirada dos programas de alívio quantitativo, tudo para meados de 2020.
Outro ponto é a guerra comercial, onde o mercado se agarra às declarações de membros do governo americano de “boas conversas” com o México e apesar de citar novamente a taxação de 25% contra a China, Trump diz haver avanços importantes.
CENÁRIO POLÍTICO
O avanço no STF ontem, ainda que tenha deixado a venda de estatais “mães” com aval do congresso, melhora o contexto para o desinchaço do governo e redução de custos expressivos.
As “pequenas” estatais, grande parte subsidiaria das grandes muitas vezes tem papel questionável nos resultados e muitas delas sequer são privatizáveis, deixando ao governo o ônus de desmontar verdadeiros cabides de emprego.
Com a possibilidade de venda das subsidiarias, o plano intermediário entre do Paulo Guedes (venda total) e do presidente Bolsonaro (manter algumas) começa a se formas, onde a Petrobras (SA:PETR4) pode ficar no futuro focada naquilo que faz de melhor e ainda dá lucro, mantendo-se estatal.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a sinalização do BCE sobre os juros.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, após o forte rally de Wall Street.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos até os 5 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, quedas generalizadas.
O petróleo abre em alta, após novos sinais de corte de produção da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de -2,6%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8808 / -0,01 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,062%
Dólar / Yen : ¥ 108,51 / 0,101%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / 0,118%
Dólar Fut. (1 m) : 3883,94 / -0,10 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 6,21 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,39 % aa (-1,39%)
DI - Janeiro 23: 7,28 % aa (-2,15%)
DI - Janeiro 25: 7,85 % aa (-2,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,26% / 97.205 pontos
Dow Jones: 0,71% / 25.721 pontos
Nasdaq: 0,53% / 7.616 pontos
Nikkei: 0,53% / 20.885 pontos
Hang Seng: 0,26% / 26.965 pontos
ASX 200: 0,95% / 6.444 pontos
ABERTURA
DAX: 0,821% / 12051,23 pontos
CAC 40: 1,521% / 5358,73 pontos
FTSE: 0,866% / 7322,70 pontos
Ibov. Fut.: 1,14% / 97285,00 pontos
S&P Fut.: 0,355% / 2855,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,463% / 7316,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,05% / 77,19 ptos
Petróleo WTI: 1,50% / $53,38
Petróleo Brent:1,33% / $62,49
Ouro: -0,03% / $1.334,95
Minério de Ferro: -0,57% / $97,76
Soja: -0,26% / $15,32
Milho: -0,89% / $416,75
Café: -1,08% / $101,10
Açúcar: -0,56% / $12,43