A Índia é uma das economias que crescem mais rápido no mundo. O país é membro do fórum intergovernamental G20, e o Fundo Monetário Internacional (FMI) espera que sua economia cresça 9,5% em 2021.
Para fins de comparação, as taxas de crescimento projetadas para diversos outros países são: Austrália (3,5%), Brasil (5,2%), China (8.0%), Alemanha (3,1%), Irlanda (13%), Israel (7,1%), Japão (2,4%), Peru (10%), África do Sul (5%), Turquia (9%), Reino Unido (6,8%), e EUA (6%). O FMI sugere ainda:
“A economia global deve crescer 6% em 2021 e 4,9% em 2022.”
Além disso, o veterano investidor Mark Mobius reiterou recentemente sua antiga convicção de que as ações indianas devem registrar forte movimento de alta nos próximos anos. Ele comparou o país com a posição em que se encontrava a China há cerca de uma década.
Métricas recentes mostram que o setor de serviços da Índia (especialmente telecomunicações, TI e software) responde por cerca de metade do Produto Interno Bruto (PIB) do país, seguido de indústria (24,18%) e agricultura (18,32%). Cerca de um quinto das exportações da Índia vão para os EUA. Entre os outros principais parceiros comerciais do país estão China, Emirados Árabes Unidos, Hong Kong, Cingapura, Bangladesh, Reino Unido, Alemanha, Holanda e Malásia.
De posse dessas informações, apresentamos dois fundos negociados em bolsa (ETFs) que podem ser do interesse de leitores otimistas com a Índia. Ambos são da linha iShares administrados pela BlackRock (NYSE:BLK) (SA:BLAK34).
1. iShares MSCI India
- Preço atual: US$ 50,00
- Média de 52 semanas: US$ 35,66 - 50,80
- Retorno do dividendo (Yield): 0,15%
- Taxa de administração: 0,69% por ano
O fundo iShares MSCI India (NYSE:INDA) investe em 101 empresas indianas de médio e grande porte. O fundo começou a ser negociado em fevereiro de 2012.
O INDA rastreia os retornos do índice MSCI India. O peso dos principais setores em seu portfólio é o seguinte: financeiro (26,30%), TI (17,31%), energia (12,09%), materiais (9,72%) e bens de consumo básico (8,85%). As 10 maiores participações respondem por cerca da metade do seu patrimônio líquido, que é de US$6,48 bilhões.
A maior parcela (9,83%) pertence ao maior grupo holding do setor privado indiano o Reliance Industries (NS:RELI), que tem operações no varejo, serviços digitais, mídia, entretenimento, petróleo e químicos. Em seguida temos as empresas de TI e consultoria Infosys (NYSE:INFY) (SA:I1FO34) e Tata Consultancy Services (NS:TCS); a maior financiadora de imóveis residenciais do país, Housing Development Finance (NS:HDFC); o grupo financeiro ICICI Bank (NYSE:IBN) (SA:I1BN34); e a fabricante e distribuidora de bens de consumo Hindustan Unilver (NS:HLL).
O INDA acumula alta de quase 25% neste ano e 38% nos últimos 12 meses. O fundo tocou sua máxima recorde nos últimos dias. Seus múltiplos de preço-lucro e preço-valor contábil de 32,03x e 4,01x mostram um nível de valuation bastante esticado. Os leitores interessados podem considerar uma eventual correção de 3%-5% como um melhor ponto de entrada.
2. iShares MSCI India Small-Cap
- Preço atual: US$62.19
- Média de 52 semanas: US$ 36,03 - 64,05
- Retorno do dividendo (Yield): 0,08%
- Taxa de administração: 0,81% por ano
O fundo iShares MSCI India Small-Cap (NYSE:SMIN) investe em empresas indianas de pequena capitalização. O fundo começou a ser negociado em fevereiro de 2012.
O SMIN possui 261 ações e rastreia os retornos do índice MSCI India Small Cap. Com uma participação de 18,30%, materiais é o principal subsetor do ETF. Em seguida vem indústria (17,56%), financeiro (15,11%), consumo discricionário (11,53%), TI (11,26%) e saúde (8,30%). Os 10 principais nomes respondem por cerca de 17% do seu patrimônio líquido de quase US$427,4 milhões.
Entre os principais nomes do seu portfólio estão: o grupo de energia Tata Power (NS:TTPW); a empresa química SRF (NS:SRFL); a empresa de serviços de TI Mphasis (NS:MBFL); o conglomerado de mídia Zee Entertainment Enterprises (NS:ZEE), a empresa de TI e terceirização MindTree (NS:MINT); e a incorporadora Godrej Properties (NS:GODR).
O ETF registra alta de mais de 48% em 2021 e subiu 72,5% no último ano. O SMIN tocou a máxima histórica em meados de outubro. Os múltiplos de preço-lucro e preço-valor contábil são de 31,34x e 3,86x, respectivamente. Os leitores interessados podem considerar uma eventual correção para o nível de US$60 como um melhor ponto de entrada.