Nesta semana o destaque será a ata do Copom, na leitura poderemos ver sinais dos próximos passos do Comitê de Política Monetária do Brasil. Além disso, também poderá esclarecer o que quiseram dizer, como o ambiente exige “serenidade” para avaliar a guerra da Ucrânia e o quanto pretendem estender o ciclo de aperto monetário.
O presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, através da coletiva para explicar o RTI (Relatório Trimestral de Inflação) na quinta-feira, pode nos deixar entender até onde vão chegar os juros por aqui.
Nos EUA, nesta semana teremos diversas falas de dirigentes do Fed. Todos podem comentar sobre as expectativas das seis próximas altas de juros por lá. Hoje, o chairman Jerome Powell abre a semana com a sua fala, e mercado monitora de perto se ele falará algo sobre altas mais agressivas do que os 0,25% da última reunião.
Na Europa, atenção aos PMI, pois a inflação por lá está nas alturas e, se os setores de serviços estiverem muito aquecidos, será mais um sinal de alerta para o BCE.
No fechamento da semana passada o dólar caiu pelo terceiro dia consecutivo e terminou cotado a R$ 5,0158, registrando queda semanal de 0,76%.
Embora no pano de fundo a guerra ainda seja relevante na trajetória do dólar, a perspectiva de sustentação dos preços das commodities em níveis elevados, após o governo chinês acenar com medidas de estímulo à economia, e a taxa real de juros brasileira muito atraente são os dois fatores que estimulam as operações de carry trade.
O investidor estrangeiro continua "agressivo" na bolsa doméstica, com compras diárias "praticamente" na casa de R$ 2 bilhões. Os aportes acumulados em março são na ordem de R$ 10,930 bilhões.
Portanto, neste momento o Brasil ainda continua atrativo para o capital estrangeiro. Boa semana, mercado!