Percebo que existe uma certa má vontade do mercado financeiro para com os investimentos em imóveis que não sejam aqueles já tradicionalmente abordados pela mídia especializada, como fundos de investimento imobiliário.
É raro encontrar um assessor de investimentos (ou um consultor), que dê sugestões para os seus clientes investirem em imóveis (tijolo mesmo), como forma de diversificarem seus investimentos.
Tenho já uma longa experiência em investir em vários tipos de imóveis na minha carteira ao longo do tempo.
Uma história de sucesso com imóveis
Para vocês terem uma ideia, investi no Ibis de Salvador, no Rio Vermelho, na inauguração do hotel, lá no ano de 2011. Participei como investidor na primeira tranche de distribuição do fundo imobiliário Nossa Senhora de Lourdes, no longínquo ano de 2006, e da construção de pequenos imóveis (como lojas e apartamentos) para venda e locação.
Fui também um dos participantes do mercado de leilões de imóveis, no tempo em que essa era uma tarefa difícil devido à complexidade da parte jurídica, mas tinha uma rentabilidade muito interessante. Precisava garimpar bastante, olhar os editais, visitar os condomínios, comparar preços, falar com vizinhança, trabalho de investigação, quase detetive. Em muitos casos, a rentabilidade em ½ anos, chegava até a 100% do valor investido.
Atualmente, continuo investindo em imóveis por meio de um grupo de especialistas que têm se dedicado a adquirir terrenos e a construir imóveis de tamanhos pequenos para locação em short stay (aluguel de temporada), que tem dado um resultado muito bom.
Os imóveis podem ser uma ótima alternativa! Inclusive, o apartamento onde moro hoje foi resultado de um investimento de sucesso no antigo Fundo FGTS em ações da Petrobras (BVMF:PETR4). O resultado foi excelente e me deu condições de adquirir um imóvel em um bairro muito valorizado e que, desde sua compra em 2007, multiplicou seu valor por 6 vezes.
Opção que sobreviveu ao teste do tempo
Imóveis são investimentos que existem desde o período medieval. Na Idade Média, os nobres e aristocratas dos grandes reinos europeus eram quem tinham as propriedades (além da Igreja).
Assim, esses imóveis eram usados como uma forma de proteger seu dinheiro da corrosão da inflação e também dos períodos de instabilidade das economias nacionais. Além disso, eram uma forma de transmissão de propriedade de pai para filho (ou entre herdeiros, de acordo com as leis de sucessão).
No gráfico que incluo abaixo, mostro como que se comporta o valor médio dos imóveis nos Estados Unidos em um período de mais de 30 anos. Incluindo na conta o período complicadíssimo da crise imobiliária 2008.
Federal Housing Finance Agency
Mesmo nesse cenário adverso, aqueles que mantiveram os seus imóveis voltaram a ter uma valorização logo em seguida.
O fato é que a classe dos muito ricos tem um caso de amor com o mercado imobiliário. Em 2020, uma pesquisa com os Parceiros da PwC mostrou que aproximadamente metade de todos os bilionários – independentemente do setor empresarial de onde provêm – têm entre 21% e 40% do seu patrimônio líquido investido em imóveis, seja pela busca de crescimento ou pela proteção de seus ativos.
Se os bilionários fazem isso, você deveria se inspirar a avaliar imóveis também, não acha?
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Então, meu amigo, na próxima vez que um assessor de investimentos ou um especialista do mercado falar para você não ter imóvel na sua carteira, manda ele ver se você está na esquina e vai buscar um bom investimento no setor, pois ainda existem inúmeros do tipo no mercado.
Ao longo do tempo, vi o valor dos meus investimentos aumentarem significativamente, proporcionando não apenas renda passiva por meio dos aluguéis, mas também ganhos de capital com a valorização dos imóveis.
O ponto chave que eu acredito ser de fundamental importância frisar é que investir em imóveis não precisa ser a sua única estratégia de investimento, nem mesmo ser o primeiro passo da sua trajetória como investidor, mas deve estar em seu radar.