Caros leitores,
Neste artigo abordarei as medidas internas adotadas pelo Poder Executivo e Legislativo, bem como sobre o cenário econômico externo, conforme se apresentará a seguir.
A priori, cabe mencionar que o Brasil intenta medidas com o objetivo de equilibrar as contas públicas, por meio do ajuste fiscal.
Em que pese o Brasil caminhar com o seu ajuste fiscal que é imprescindível para possibilitar crescimento econômico no próximo ano de 2020, ainda assim a economia interna sente os efeitos da guerra comercial externa, bem como a desaceleração da economia mundial.
Isto é verificável por meio do IBOV, sendo que desde 11.07.2019, por meio de análise do gráfico diário iniciou movimento de baixa, consoante se infere no canal traçado, além das confirmações por meio de leitura do MACD, CCI/MA e volume demonstrando a força vendedora sobre os ativos do IBOV, vide:
A confirmação do movimento baixista no médio prazo se verifica por meio de leitura do gráfico semanal, em que traçando-se Fibonacci, infere-se que o IBOV tocou a linha de suporte de 50% (97.343,71 pontos), vide:
Se, por ventura, houver rompimento do aludido suporte o IBOV caminhará em direção aos 95.155,84 pontos, consistindo na linha de expansão do movimento de baixa em 61.80%. Além disto, o MACD já sinaliza movimento de baixa, que já foi apontado pelo CCI/MA em 22.07.2019.
Quanto ao gráfico mensal do IBOV, verifica-se incertezas quanto aos próximos movimentos, visto que ainda permanece no canal de alta, bem como está andando dentro da banda superior do Keltner Channel, contudo o CCI/MA, indicou neste mês possível início ao movimento de baixa, veja:
Tais incertezas que marcam o andamento do IBOV no longo prazo é proveniente do cenário econômico externo, em que a China impôs tarifas a produtos norte-americanos em retaliação às sanções norte-americanas. Some-se a isto a contração da atividade econômina na Alemanha em 0,1% e China, além de crise câmbial na Argentina, entre outros fatores externos.
Ciente do cenário mundial cujas economias apresentam inversão da curva de juros, sem movimentos de crescimentos da inflação de bens e serviços, infere-se um cenário de possível recessão econômica que está por vir.
Ademais, é notório que o investidor é avesso a risco, desta forma, tenderá a realizar investimentos que demonstrem maior segurança e rentabilidade, caso a recessão econômica mundial se confirme.
Dentre estes investimentos estão a aquisição de dólares americanos, cujo movimento de alta se iniciou em 25.07.2019, estando o dolar comercial quotado a R$ 3,7788, superando nesta sexta-feira (23.08.2019), resistência de R$ 4.097, vide:
Sendo que o CCI/MA indica manutenção do movimento de alta, além do fato do dolar estar caminhando na banda superior do Keltner Channel. Assim, a aquisição de dolar, ou o investimentos de fundos cambiais atrelados à moeda norte americana devem conferir ao investidor rentabilidade neste período de diminuição da atividade econômica mundial.
O mesmo crescimento se verifica na aquisição de contratos derivados ao Ouro, (OZ1D e OZ2D), cujo movimento de alta, também, iniciou-se em final de julho/2019, vide:
Portanto, apresenta-se análise com o objetivo de contribuir a análise de custo-benefício realizada pelo investidor na opção dos seus investimentos, de modo que, não assuma investimentos cujos riscos são maiores do que o retorno esperado.