Segundo o relatório “The State of Food and Agriculture”, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), divulgado em 2012, o investimento na atividade agropecuária é uma das mais efetivas estratégias para a redução da pobreza, fome e promoção da sustentabilidade.
Por este motivo, ao contrário do que normalmente ocorre, a FAO preconiza que os fazendeiros devem ser parte central de qualquer estratégia de investimento nos países em desenvolvimento.
No Brasil, por exemplo, a produção sofre ano a ano, com a péssima infraestrutura e insegurança jurídica, que desencoraja os investimentos da iniciativa privada.
A razão pela qual os fazendeiros devem ser os agentes centrais dessa história é simples: eles são os maiores investidores da agropecuária nos países em desenvolvimento.
Os investimentos na atividade estão divididos conforme a tabela 1.
O resultado aponta que os investimentos feitos pelos fazendeiros representam mais de três vezes a soma dos outros três tipos de investimentos.
Armas contra a pobreza
O relatório ainda aponta que investir na agricultura é a maneira mais eficiente de combater a fome e a pobreza nas áreas rurais.
Regiões de baixo investimento, como o sul da Ásia e África subsaariana, são exemplos de locais com altas taxas de fome e pobreza.
Nestas duas regiões o capital investido por trabalhador está estagnado ou até mesmo em declínio há três décadas.
Considerações finais
Dessa forma, o relatório conclui que apropriadas estratégias governamentais que forneçam um ambiente favorável ao investimento dos fazendeiros são fundamentais para o desenvolvimento do país.
Alguns exemplos de ações são a de assegurar o direito à propriedade, boas condições de infraestrutura, assim como garantir acesso aos mercados.