Quarta-feira às 14h30 tivemos o início do segundo dia de reunião do COPOM, para definição da taxa SELIC.
A reunião ocorreu em um dia de divulgação de um dos resultados mais relevantes da temporada de balanços dos papéis listados na B3 (SA:B3SA3), o da Petrobras (SA:PETR4).
Entretanto, o fato mais esperado do dia foi concretizado com a mudança da taxa SELIC para 5,25%, representando uma alta de 1pp, sinalizando que parece adequado um aumento mais agressivo, tendo em vista as recentes altas de 0,75pp nas últimas reuniões.
O mercado vê esta necessidade mediante a crescente taxa de inflação que tem impactado a economia brasileira, após a série de incentivos que ocorreram para auxiliar a população em meio à pandemia e estimular o consumo das famílias.
De acordo com a última pesquisa realizada pelo Banco Central, a mediana do IPCA agregado aumentou de 6,56% na semana anterior para 6,79%, distanciando-se do centro da meta do Banco Central, que é de 3,75%, com tolerância de 5,25% (desvio de 1,5%).
Alguns dos principais balizadores que impulsionam uma intervenção para a taxa de juros é a alta de custos de energia elétrica, moradia, gás, combustível e alimentação.
Entretanto, incertezas ainda pairam, principalmente envolvendo o pagamento de precatórios sinalizado recentemente nas entrelinhas pelo ministro da economia Paulo Guedes e receios quanto ao risco fiscal.
Este mecanismo foi utilizado e, ao que tudo indica, teremos novos aumentos consideráveis nas próximas duas reuniões, afinal, esta será a melhor ferramenta mediante os temores do Banco Central com a finalidade de evitar um aumento acelerado da inflação que possa se perpetuar em 2022.
Esta alteração também tende a afetar diretamente o fluxo cambial estrangeiro que, segundo dados divulgados pelo BC na quarta-feira, apresentaram alta.