Com a sequência de quedas na cotação do dólar, o mercado de câmbio turismo teve um aumento na procura de em média 70%.
O brasileiro enxerga no atual momento uma janela de oportunidade de compra do papel, ainda que seja para viagens futuras, ou guardar como forma de investimento.
O fluxo estrangeiro para ativos locais continua firme, com investidores alocando em bolsa, insuflada pela alta das commodities, e montando operações de carry trade. Exportadores também estão antecipando fechamento de câmbio para aplicar nos juros domésticos.
O dólar à vista indicou abril fechando em R$ 4,6673. Com isso, a desvalorização acumulada no ano atingiu 16,30%.
As commodities já vinham pressionadas pela recuperação da atividade global com arrefecimento da pandemia do novo coronavírus e subiram ainda mais com o advento da guerra na Ucrânia. Com isso o real se fortalece. Mesmo que haja um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, a perspectiva é a de que as commodities seguirão em patamares elevados. Além disso, investidores devem continuar a evitar ativos russos e moedas do leste europeu, dando preferência a outros emergentes, como o Brasil.
No plano internacional, a divulgação de que a taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu para 3,6% em março e atingiu o menor nível desde fevereiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19, animou os investidores. Isso porque a criação de 431 mil postos de trabalho veio abaixo do esperado pelo mercado, o que reduz espaço para que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) aumente os juros em 0,5 ponto percentual na próxima reunião.
O dólar vem rompendo patamares técnicos de maneira sucessiva. E você, acredita que a taxa de câmbio vai chegar a quanto no final de abril?