O dólar comercial encerrou a semana passada vendido a R$ 5,322. A moeda norte-americana fechou a semana com queda de 1,26%. Em 2022, o recuo chega a 4,56%. O dólar subiu em bloco frente a divisas emergentes e de exportadores de commodities.
A divulgação de que a economia norte-americana gerou mais empregos que o esperado em janeiro fez o dólar subir em todo o mundo, isso porque o aquecimento da maior economia do planeta aumenta as pressões para que o Fed eleve os juros mais do que o previsto.
Parte dos investidores entende que os efeitos do aperto monetário nos Estados Unidos já estão precificados (incorporados ao preço dos ativos financeiros) para os países emergentes.
No radar está a volta do temor de recrudescimento do risco fiscal doméstico e a eleição presidencial. A apresentação de PECs que representam perda de arrecadação traz insegurança ao investidor. Existe um movimento da base política do governo para aumentar gastos e reduzir impostos, o que obviamente piora o fiscal.
O fluxo para economias emergentes, como o Brasil, considero favorável no curto prazo, mas precisamos ir analisando o cenário do câmbio a cada novo movimento da política econômica tanto daqui quanto dos EUA.
O Banco Central, que sinalizou nesta semana redução do ritmo de alta da Selic e proximidade do fim do ciclo de aperto, contribui para um reajuste da taxa de câmbio. “Olho” amanhã na ata do Copom para lermos melhor a sinalização de diminuição no ritmo de aumento de juros aqui.
Hoje sai o IGP DI.
E acompanhemos a tensão entre Rússia e Ucrânia. Bom dia mercado e bons negócios a todos!