Após um CPI com núcleo mais forte, as atenções hoje se voltam ao PPI, inflação ao atacado nos EUA e de acordo com as projeções, o cenário segue semelhante, onde o peso da inflação subjacente cresce.
Mais cedo, a Alemanha registrou PPI de 0,1% em fevereiro, com 8,9% aa, ante 10,6%, com novamente o peso de energia puxando para baixo o índice, porém com menor pressão de alimentos, quando comparado com o resultado anterior.
Ainda assim, o bloco europeu registrou vendas ao varejo acima das expectativas e começa a se tornar problemático o rumo da política monetária atual, pois indicadores mais fortes de atividade econômica no curto prazo complicam a ancoragem de expectativas de inflação no longo prazo.
Além disso, a inflação na França superou as expectativas e subiu 1,1%, o que complica parcialmente a decisão de juros do BCE amanhã, onde se espera uma elevação de 50 bp nos juros.
É o caso semelhante nos países que atrasaram a adoção de um aperto monetário mais crível, como Reino Unido, Bloco Europeu e EUA, pois a combinação de recuperação e aquecimento de parte dos indicadores, mercado de trabalho forte e inflação persistente dificulta o trabalho dos formuladores de política monetária.
O alento para o mercado no caso americano hoje seriam as vendas ao varejo confirmarem as projeções negativas de fevereiro, em partes influenciadas pela questão climática, mas no cenário de “está ruim, está bom” de política monetária, pode aliviar em partes a confirmação de um núcleo mais pesado do PPI.
Na China, os indicadores não se afastaram muito das projeções, com a produção industrial aos 2,4% aa (proj.: 2,6%), vendas ao varejo aos 3,5% aa (proj.: 3,5%%), enquanto os investimentos em ativos fixo (ex. rural) subiram 5,5% (proj.: 4,5%).
Já no setor imobiliário, ainda problemático na China, o índice anual acumulado de vendas de imóveis residenciais subiu 3,5%, o que é positivo, considerando que o governo ‘resgatou’ os compradores de imóveis residenciais em detrimento aos investidores/especuladores.
Já os investimentos imobiliários caíram -5,7% aa, ainda assim, melhor que as projeções de -8,5% e o desemprego subiu de 5,5% para 5,6%, pelo aumento da taxa de participação, ou seja, mais pessoas resolvendo procurar emprego.
Em meio ao atual cenário de complicações, um crescimento relativamente mais contido da China pode ser tanto positivo para o país, quanto para aqueles que da China se beneficiam, pois além de adicionar um player importante na atividade econômica de países emergentes, um ritmo mais comedido impede que isso se torne de certa maneira inflacionário, evitando adicionar pressão ao atual contexto global.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pelo PPI nos EUA e observando as ações de bancos.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguindo a recuperação das ações de bancos em Wall Street e por resultados econômicos na China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao cobre e platina.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, na expectativa pela retomada da demanda chinesa.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,56%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2538 / 0,12 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,503%
Dólar / Yen : ¥ 133,86 / -0,291%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / -0,337%
Dólar Fut. (1 m) : 5272,00 / -0,06 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,06 % aa (0,35%)
DI - Janeiro 25: 12,22 % aa (0,45%)
DI - Janeiro 26: 12,34 % aa (0,75%)
DI - Janeiro 27: 12,58 % aa (1,04%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1833% / 102.932 pontos
Dow Jones: 1,0568% / 32.155 pontos
Nasdaq: 2,1388% / 11.428 pontos
Nikkei: 0,03% / 27.229 pontos
Hang Seng: 1,52% / 19.540 pontos
ASX 200: 0,86% / 7.069 pontos
ABERTURA
DAX: -1,788% / 14960,40 pontos
CAC 40: -2,323% / 6975,70 pontos
FTSE: -1,670% / 7509,61 pontos
Ibov. Fut.: -0,23% / 103851,00 pontos
S&P Fut.: -1,03% / 3880,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,911% / 12096,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,22% / 103,98 ptos
Petróleo WTI: 0,08% / $71,39
Petróleo Brent: 0,17% / $77,58
Ouro: 0,12% / $1.905,73
Minério de Ferro: -0,13% / $131,55
Soja: 0,20% / $1.496,75
Milho: 0,93% / $626,50
Café: -1,26% / $180,90
Açúcar: -0,29% / $20,61