A semana com foco em inflações começou com o IGP-DI negativo aos -0,34%, resultado de um IPA-DI aos -0,71% e um IPC-DI aos 0,74%, assim como um IPC-S de 0,70% (Infinity: 0,71%) e um IPC-Fipe semanal aos 0,41% (Infinity: 0,39%).
A estes dados, se junta a inflação na China com o CPI anual aos 0,7% (Proj.: 1,0%) e um PPI aos -2,5% (Proj.: -,25%), o que mantem uma porta entreaberta para novos estímulos na economia chinesa, ainda que parte desta inflação mais fraca seja resultado da descompressão de alimentos e energia.
Neste sentido, o IPCA hoje tende a apresentar uma descompressão de alimentos, mas ainda deve manter pressões de transportes e itens sazonais, evitando assim o afastamento do resultado de fevereiro de 0,84%).
A reoneração de impostos tem seu peso nesta pressão, elevando o custo de administrados, enquanto o conjunto de preços livres deve trazer um importante arrefecimento, sem grandes alterações nas expectativas para 2023.
Não tende a criar nenhuma disparidade em termos de política monetária, pois pelo horizonte relevante, as atenções do Banco Central continuam focadas na questão fiscal e na formatação do arcabouço, este sendo novamente reeditado e no aguardo para ser finalmente divulgado e discutido em nível congressual.
Na véspera da divulgação do CPI nos EUA, os investidores podem adotar uma postura mais cautelosa, para evitar surpresas semelhantes àquela observada no Payroll durante o feriado de sexta-feira, com uma criação robusta de vagas dentro das expectativas, após um ADP Employment sensivelmente mais fraco.
Assim, a política monetária no mundo, apesar da tendência de aperto ainda presente, pode estar fadada a seu fim no próximo semestre no ocidente e criar espaço para novos estímulos nas economias asiáticas.
Neste sentido, o Banco da Coréia manteve os juros inalterados em 3,5% pela segunda vez consecutiva, com uma inflação de 4,2% aa e começa a confirmar os sinais de que o processo de aperto se finalizou na reunião anterior.
O cenário de aperto emite os primeiros sinais mais concretos de fim, porém, um possivel descuido com a questão fiscal no Brasil pode se refletir rapidamente nas curvas de juros e fazer com que o país deixe de estar na vanguarda da política monetária, como esteve até este momento, em meio a juros elevadíssimos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa por dados de inflação nos EUA e a largada da temporada de balanços.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após a Coréia do Sul manter juros inalterados e a inflação ao varejo na China abaixo das expectativas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro e prata.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com temores de oferta mais apertada após os cortes de produção pela OPEP+.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,05%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0669 / 0,20 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,460%
Dólar / Yen : ¥ 133,12 / -0,359%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / 0,396%
Dólar Fut. (1 m) : 5087,00 / 0,37 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,23 % aa (-0,17%)
DI - Janeiro 25: 12,00 % aa (-0,36%)
DI - Janeiro 26: 11,86 % aa (-0,26%)
DI - Janeiro 27: 11,98 % aa (-0,06%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,0166% / 101.847 pontos
Dow Jones: 0,3023% / 33.587 pontos
Nasdaq: -0,0298% / 12.084 pontos
Nikkei: 1,05% / 27.923 pontos
Hang Seng: 0,76% / 20.485 pontos
ASX 200: 1,26% / 7.310 pontos
ABERTURA
DAX: 0,597% / 15690,96 pontos
CAC 40: 0,974% / 7396,08 pontos
FTSE: 0,433% / 7775,06 pontos
Ibov. Fut.: 1,00% / 101985,00 pontos
S&P Fut.: 0,25% / 4146,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,275% / 13199,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,29% / 106,56 ptos
Petróleo WTI: 0,29% / $79,97
Petróleo Brent: 0,21% / $84,36
Ouro: 0,61% / $2.001,95
Minério de Ferro: 1,88% / $119,70
Soja: 0,67% / $1.497,50
Milho: -0,11% / $654,50
Café: 1,51% / $185,85
Açúcar: 2,42% / $24,07