Mesmo com os preços da gasolina tendo caído 6,1% e a energia ter diminuindo substancialmente em 2,7% no mês, a pressão inflacionária nos Estados Unidos continua próximo à suas máximas históricas dos últimos 40 anos, conforme dado de CPI (índice de preços ao consumidor) desta última quarta-feira (11/05/2022).
O dado CPI Anual foi divulgado menor do que o anterior, de 8,5% para 8,3%, porém não bateu as expectativas de 8,1%. Em Wall Street os analistas estavam acreditando que a alta de 8,5% no mês de março marcaria o pico da inflação do momento do país, porém o dado de IPC-núcleo atual 6,2% contra uma expectativa de 6% ofuscou o brilho nos olhos dos investidores, que estão mostrando sinais de preocupação com uma desaceleração mais lenta e maior aperto do FED (Federal Reserve) na taxa de juros.
Os fatos são que, o índice de alimentos subiu em 1% no último mês de abril e nos últimos 12 meses subiu em 9,5% aproximadamente. Os preços dos ovos subiram 10% e do bacon está beirando os 3% de alta.
Ainda tivemos um aumento nos custos com energia de 30% aproximadamente neste ano, e o preço da gasolina na bomba está apresentando uma volatilidade com níveis elevadíssimos.
Estamos vendo um aumento significativo e constante nos custos de habitação, que apresentou aumento em 5% no ano, um ganho muito alto considerando os últimos 30 anos.
Devemos considerar nessa conta também os problemas na cadeia de suprimentos, em especial os de semicondutores trazendo uma alta no preço dos automóveis, tanto os usados quanto os novos que subiram 24% e 13% respectivamente contribuindo para o aumento da inflação.
Os preços das tarifas aéreas também subiram em 18%.
Essa condição ameaça a expansão econômica do país, mesmo com os dados do payroll (relatório de empregos privados e não agrícolas) mostrarem uma pequena melhora na força trabalhista do país.
Apertem os cintos, ainda temos margem para maiores perdas!