Inflação, o assunto da moda não perde força e continua a pesar fortemente sobre os mercados, se sobrepondo a boas notícias e elevando a tensão dos ativos como um todo, em um cenário cada vez mais nebuloso para os juros globais.
Na Ásia, ainda que a produção industrial tenha vindo mais fraca, as vendas ao varejo, supermercados e lojas de departamento no Japão superaram as expectativas, além da melhora nos índices de desemprego e de confiança.
Na China, ainda que na zona de contração, os PMIs superaram as expectativas para todos os índices, com manufatura aos 49,6 pontos, próximo à estabilidade, serviços aos 47,8, ante 45,5 de projeção e composto saindo de 42,7 em abril para 48,4 em maio e neste ponto, os indicadores econômicos asiáticos foram na margem positivos, ajudando inclusive o fechamento das bolsas chinesas.
Os dados europeus de inflação entraram em ação para desfazer qualquer possibilidade de um dia mais positivo no mercado, com queda no Euro e perspectivas cada vez mais pesadas para a política monetária.
O bloco europeu tem sido o mais resistente em elevar os juros e retirar os estímulos, mesmo que isso signifique a maior inflação registrada desde a fundação da União Europeia, com o temor que a recessão possa ser pior do que a inflação.
O problema é viver sob a égide de juros negativos, sem nenhuma proteção segura contra a inflação em termos financeiros, o que acaba por corroer a renda e as aposentadorias do europeu, nada acostumado com pressões de preços como as atuais e uma população envelhecida.
O CPI de 0,8% em maio, acima dos 0,6% projetados e anteriores levam o índice anual para 8,1%, o maior índice desde a fundação do bloco, com núcleo aos 3,8%, igualmente um recorde, desafiando as premissas dovish de LaGarde e co. ltda.
Daí vem o temor de analistas, traders e investidores, pois a inação ou ação limitada dos Bancos Centrais, especialmente com os estímulos, pode levar à necessidade de atitudes pesadas contra a inflação, o que pode significar ainda mais recessão no futuro próximo, de forma a debelar o dragão já tão conhecido de emergentes.
Agenda pesada, com dados fiscais e desemprego no Brasil, mercado imobiliário e confiança do consumidor nos EUA, além de indicadores regionais de atividade.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na busca, após a forte inflação europeia.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, após dados da economia chinesa e japonesa acima das expectativas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, com queda em ouro e prata.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York e disparam após líderes da UE concordarem em proibir a maioria das importações de petróleo da Rússia.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4,90%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,7532 / 0,45 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,510%
Dólar / Yen : ¥ 127,89 / 0,235%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / -0,451%
Dólar Fut. (1 m) : 4751,17 / 0,24 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 13,41 % aa (0,49%)
DI - Janeiro 24: 13,00 % aa (1,60%)
DI - Janeiro 26: 12,24 % aa (2,47%)
DI - Janeiro 27: 12,23 % aa (2,51%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,8125% / 111.032 pontos
Dow Jones: 1,7642% / 33.213 pontos
Nasdaq: 3,3259% / 12.131 pontos
Nikkei: -0,33% / 27.280 pontos
Hang Seng: 1,38% / 21.415 pontos
ASX 200: -1,03% / 7.211 pontos
ABERTURA
DAX: -0,741% / 14468,02 pontos
CAC 40: -0,899% / 6503,38 pontos
FTSE: 0,299% / 7622,77 pontos
Ibov. Fut.: -0,84% / 111546,00 pontos
S&P Fut.: -0,69% / 4127,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,333% / 12626,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,97% / 135,17 ptos
Petróleo WTI: 3,31% / $118,88
Petróleo Brent: 1,71% / $123,75
Ouro: -0,28% / $1.849,79
Minério de Ferro: -0,07% / $135,00
Soja: 0,66% / $1.743,00
Milho: -0,23% / $775,25
Café: -1,00% / $227,15
Açúcar: 0,76% / $19,75