Para muitos economistas o Brasil está vivendo uma tempestade perfeita. O momento atual não está favorecendo em nada a economia do país. A atual conjuntura econômica é de inflação elevada, juros elevados, taxa de desemprego alta e se elevando ainda mais, diminuição do consumo das famílias, endividamento alto das famílias, não conseguindo honrar nem mesmo com itens básicos como conta de luz e água, investimento em queda, não só por parte do governo para conseguir fechar suas contas, mas também pela iniciativa privada que em meio a toda insegurança possível não se vê confiante a investir.
A inflação pode se manifestar de duas formas :
A inflação provocada pelo excesso de demanda agregada, chamada de inflação de demanda; e a inflação provocada pela elevação dos custos de produção, chamada de inflação de custos. A inflação gera a instabilidade econômica e desigualdade social devido à transferência da riqueza de uma classe à outra, empobrecendo ainda mais as classes de menor poder aquisitivo e enriquecendo as classes mais altas.
Ao mesmo tempo, quando ocorre um crescimento econômico negativo (recessão na economia) e a inflação se mantém elevada, a teoria econômica sinaliza esse processo como sendo estagflação (inflação com estagnação econômica).
A estagflação se trata de uma estagnação econômica com inflação. A estagflação ocorre quando se tem paralelamente taxas significativas de inflação e recessão econômica com desemprego.
Num cenário de estagflação a economia sofre não só com os efeitos da recessão, mas também de inflação, acarretando enormes prejuízos para o país. Esses prejuízos atingem trabalhadores e classe empresarial. O Banco Central para frear a inflação eleva a taxa básica de juros, SELIC, e com isso o empresariado é desencorajado a investir.
Com a falta de investimentos no setor produtivo e fraco consumo das famílias, devido à inflação, eleva-se a taxa de desemprego. Este cenário, se não tratado com urgência, torna a retomada mais lenta.
Por recessão entende-se por uma retração na economia, ou seja, o PIB do país recua. Isso pode ocorrer por diversos fatores, desde uma política macroeconômica restritiva ou mesmo pela instabilidade econômica.
Segundo o manual de economia, o PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos em território nacional, o qual mede o comportamento da atividade econômica. E o produto real se trata do produto medido a preços constantes do ano base, ou seja, é o produto deflacionado, do qual se isenta do efeito da inflação.
Além dos problemas econômicos internos, temos a economia mundial (USA, EUROPA e CHINA) que enfrenta suas dificuldades no que tange ao crescimento econômico, bem como inflação, derivada da alta do petróleo e minério de ferro, impactando diretamente os indicadores econômicos.
Na conjuntura atual, a economia brasileira enfrenta inflação, estagflação e inicio de recessão, conforme acima explanado. E, se não bastasse, vivemos agora uma crise política entre poderes, que implica em atraso nas aprovações de projetos de suma importância para o Brasil.
Bons Negócios!