Com o aumento do arroz, o brasileiro está sentindo o poder da inflação. Muitos analistas estão dizendo que não há inflação. Mas, será mesmo?
Obviamente não é uma inflação galopante como o das décadas de 80-90, mas há sim inflação.
Quando olhamos os índices econômicos, vemos que o IPCA (Índice de Preço para o Consumidor Amplo), no setor de alimentos - IPCA-A - mostra-nos um maior aumento nos ultimos 5 anos. E o IPCA de produtos Agropecuário está subindo cerca de 20% nos ultimos 5 anos. O IPCA - T (IPCA transporte) vem ficando negativo desde Abril deste ano. Isso impacta muito no bolso do consumidor final, pois a produção de material agro está ficando muito caro.
Esses índices estão similares ao do ano de 2012-2013, que todos sabem que foi um desastre na economia do país.
Isso se deve às retrições na cadeia produtiva devido ao aumento da taxa de câmbio mais alto, fazendo que os produtos importados fiquem mais caros e também a desvalorização da moeda Real (maior circulação de moeda na economia), fazendo com que o valor no preço da importação de produtos também aumentem.
Em Abril, o Tesouro Nacional "jogou" liquidez na base monetária de R$ 103 bilhões de reais. Em Maio foi de R$ 108 bilhões de reais; em Junho R$ 185 bilhões e em Julho foi R$ 91 bilhões (valor de variação mensal). Tudo isso é fruto do defict fiscal, queda de arrecação, auxílio emergencial, etc. Não há nenhum paralelo nesses dados desde o plano Real. Como o Tesou irá enxugar essa liquidez? Operações Compromissadas que foi de R$ 1,5 bilhões para que a Selic não caia mais.
Esse número aumenta a quantidade de dinheiro em circulação e consequentemente, implicando maior inflação na base dos preços dos produtores e prejudicando os consumidores. Isso mostrado nos índices IPCA anteriormente.
Mas, qual a expectativa de inflação? Utilizando os títulos do Tesouro LTN (Letras do Tesouro Nacional) e NTN-B (Notas do Tesouro Nacional série B - que é um título vinculado ao IPCA), subtraindo chegamos ao produto do cáculo, temos uma expectativa de inflação de 4,47%.
É uma expectativa de inflação maior que calculada pelo Banco Central. Porém, a realidade do defict na produção e diminuição na taxa de importação devido a baixa do IPCA-T por causa da pandemia, é uma realidade que já está batendo às portas da realidade. E quem paga o preço? O consumidor final!