A projeção de inflação para este ano atingiu uma marca histórica. A expectativa de mercado, divulgada pela pesquisa Focus desta segunda-feira (25), indica um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 2,97%. Portanto, abaixo do mínimo de 3% permitido pela meta do governo.
Se essa projeção se cumprir, pela quarta vez desde a criação do regime de metas em 1999 o presidente do Banco Central deverá escrever uma carta pública ao ministro da Fazenda, com as justificativas para a variação fora da previsão. Mas será a primeira vez em que o motivo é a inflação baixa demais!
A supersafra agrícola e o recuo do dólar contribuíram para o recuo do índice. Contudo, é quase consenso que a duradoura recessão que atravessa o país é o principal motivo para o IPCA tão baixo.
Juros
Por conta das expectativas de inflação, as previsões do mercado financeiro para a Selic – taxa básica de juros – também atingiram um recorde. Segundo as estimativas, terminaremos este ano com o menor nível já registrado no Brasil: 7% ao ano. Atualmente, o índice registra 8,25% ao ano.
PIB
Por outro lado, o PIB (Produto Interno Bruto) esperado para o ano quase dobrou no intervalo de quatro semanas – de 0,39% para 0,68%. As revisões de expectativas ganharam força após a divulgação do resultado do PIB do segundo trimestre deste ano – que avançou 0,2%.
Para o próximo ano, os economistas também estão otimistas e elevaram a estimativa de expansão da economia de 2,20% para 2,30% – terceira alta seguida do indicador.