O combustível como vetor de desinflação, este foi o mote da redução observada no CPI ontem nos EUA e no IPCA mais recentemente no Brasil, em meio à serie grande de eventos afetando a cadeia de preços no mundo.
Nos EUA, a descompressão foi proporcionada por uma queda marginal de -4,5% em commodities energéticas, com diesel representando -11%, -7,7% em gasolina e -2,4% em energia, além de um alívio do núcleo marginal de 0,7% em junho, para 0,3% em julho.
No Brasil, a deflação de transportes no Brasil foi semelhante, -4,51%, com foco na queda dos combustíveis como gasolina e diesel, além da descompressão em etanol, proporcionando alívio ainda maior.
O ponto de crítica em ambos os casos fica pela pressão ainda crescente em alimentação, mesmo com a redução global das commodities agrícolas recentemente observadas, após dois meses anteriores de redução de pressões.
No caso brasileiro, o IPCA-15 já havia demonstrado uma inflação de alimentos mais pressionada e o dado do mês de julho registrou resultado menor, ou seja, o item está em descompressão, apesar da comparação com junho não ser favorável.
Além disso, a descompressão da inflação brasileira é mais disseminada, sendo que somente alimentos e despesas pessoais cresceram na comparação com junho, tendo o restante registrado índices menores.
No caso americano, a dissipação de preços não foi tão disseminada, com parte maior dos itens em alta, mas ainda assim, o núcleo também registrou menor força e no fim, em ambos os casos, ainda que se suscitem críticas nos dois países em como se está conduzindo a política econômica, a realidade é que a inflação caiu mesmo.
Obviamente, a sensibilidade com o item alimentação, muito mais presente na vida das pessoas e com enorme peso na cesta de consumo das famílias de menor renda reserva esta comemoração aos políticos e aos analistas, devendo ainda levar um tempo para ser sentido na população em geral.
Daí a importância da leitura do PPI hoje e dos IPAs no Brasil, o qual o mais recente registrou queda de -0,86%, puxado por milho, soja e minério de ferro, reforçando o que sempre dizemos: a inflação do atacado hoje é a do varejo amanhã.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, enquanto Wall Street aguarda os dados de inflação.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, somente queda no Nikkei e o restante seguindo a reação positiva ao CPI.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao ouro e prata.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, apesar do aumento expressivo dos estoques americanos e de redução da demanda.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,01%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0924 / -0,65 %
Euro / Dólar : US$ 1,03 / 0,359%
Dólar / Yen : ¥ 132,59 / -0,203%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / 0,016%
Dólar Fut. (1 m) : 5125,00 / -1,10 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,71 % aa (0,50%)
DI - Janeiro 24: 12,93 % aa (-0,23%)
DI - Janeiro 26: 11,67 % aa (-0,38%)
DI - Janeiro 27: 11,72 % aa (-0,51%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,4585% / 110.236 pontos
Dow Jones: 1,6327% / 33.310 pontos
Nasdaq: 2,8884% / 12.855 pontos
Nikkei: -0,65% / 27.819 pontos
Hang Seng: 2,40% / 20.082 pontos
ASX 200: 1,12% / 7.071 pontos
ABERTURA
DAX: -0,123% / 13684,09 pontos
CAC 40: -0,100% / 6516,93 pontos
FTSE: -0,260% / 7487,59 pontos
Ibov. Fut.: 1,45% / 110515,00 pontos
S&P Fut.: 0,25% / 4220,5 pontos
Nasdaq Fut.: 0,315% / 13410,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,73% / 121,59 ptos
Petróleo WTI: 0,96% / $92,81
Petróleo Brent: 0,94% / $98,32
Ouro: -0,19% / $1.791,00
Minério de Ferro: 2,02% / $112,10
Soja: 0,07% / $1.690,00
Milho: 0,60% / $625,25
Café: -0,14% / $218,80
Açúcar: -0,05% / $18,22
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