O “crash” dos preços do petróleo causam impactos expressivos na economia mundial, e, surpreendem, por ter atingido cenário inimaginável de produção superar a capacidade de estocagem e deteriorar os preços.
Problemas dantescos consequentes da crise provocada pelo coronavírus e que pressionam e pontifica a dicotomia presente sobre como agir neste ambiente em que há o imperativo do isolamento e a não menos imperativa necessidade de retomar a atividade econômica.
Os governos convivem com o drama da “escolha de Sofia”, com o agravante ainda de ser permeado por disputas políticas eleitoreiras, é um momento extremamente difícil para os dirigentes.
O risco envolve duas situações, teoricamente até podendo ser consideradas opostas, mas que precisam construir saídas conjuntas equilibradas.
Cresce a percepção de que a radicalização de posturas traga soluções, mas sim que agrave o quadro, então o que se observa é a tendência de flexibilização gradual e ordenada, para que não se torne abrupta pelo desalento e desespero e provoque mais danos do que benefícios.
O “saber” neste caso não se aprende nos livros, não há precedentes tão dantescos, o mundo, sem estar efetivamente protegido tem que ousar convivendo com o risco que está nos extremos do isolamento ou da reabertura.
Esta não é uma crise na origem financeira, então os dogmas não prevalecem, tem a haver com saúde em aspectos sem proteção, mas que acabam por afetar as atividades econômicas globais e deteriorar os valores envolvidos e inimagináveis volumes de recursos financeiros, que na ponta desestabilizarão de forma significativa, mas com intensidade diferente, as economias de cada país.
Mas, por mais óbvio que possa parecer, o mundo não pode parar, convive com a calamidade da crise do coronavírus, mas carece de ter atividade econômica, também para sobrevivência.
Governos promovem planos e aportes soberbos de recursos, mas tudo isto são paliativos quando não se sabe exatamente o que se enfrenta, a mortalidade assusta, mas a inatividade provoca o desalento, ambas são péssimos.
Os preços relativos da economia vão se decompondo gradualmente.
Acreditamos que neste momento é crescente o convencimento de que deverá haver a ousadia de conviver com a pandemia, sem isolamento, mas com rigor nas regras de convivência, e com a retomada da atividade econômica.
E este fato tende a se tornar notório e prevalecente no mundo globalizado, e então, poderá haver uma sensível melhora no sentimento deste embate convivendo-se ainda com suas duras mazelas, mas com a retomada do alento.
Por isso, entendemos que nesta semana e nas sequentes o mundo passará a recuperar o dinamismo e conviverá bem com o imponderável do momento e o auspicioso do retorno às perspectivas melhores.
Os governos continuarão agindo, mas com foco compartilhado entre os dois fatos.
No Brasil, observa-se que após um acirramento, com preponderância maior política e ideológica, sobre este dicotômico momento, a tendência é pela flexibilização ordenada do isolamento, com a retomada as atividades essenciais e gradualmente com a evolução da retomada plena da atividade econômica, já com algumas mudanças, visto que esta crise deixará um legado de aprendizado e aperfeiçoamento das atividades.
Naturalmente, haverá um tempo de 2 quadrimestres neste ano para se atenuar gradualmente os danos havidos no 1º quadrimestre, certamente será necessário tempo maior para que os valores relativos das economias se ajustem ao longo da recomposição das mesmas com a retomada das atividades econômicas.
Consideramos que os parâmetros atuais de todas as projeções, neste momento, são empíricas e carentes de fundamentos, eivadas de “achismos” já que não há punição pelo erro, mas gradualmente será possível construir-se, outra vez, visão prospectiva.
Mas, já há sinais de melhora!