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Impacto do Rombo Fiscal “Engessa” Diretrizes do Governo e Gera Intranquilidade!!

Publicado 20.08.2020, 07:00
IBOV
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Grosseiramente, poderíamos afirmar que “está caindo a ficha”, e então, se constata que grande parte das projeções e perspectivas precipitadamente assumidas para construção de ambiente otimista, não têm sustentabilidade e que o país pode estar simplesmente insinuando o “voo da galinha”.

Sem bem ter amenizado de forma efetiva as preocupações com a crise da pandemia do coronavírus e os efeitos dantescos de forte retração efetiva da atividade econômica, tem-se buscado resgatar indicadores da indústria e do comércio como sinalizações fortes de recuperação da atividade econômica, mitigando nas abordagens o irrealismo quanto aos fundamentos que se alicerçam tão somente no forte fluxo de recursos providos pelos programas assistenciais do governo, e, adicionalmente, pelo crédito, em especial cartões de crédito.

Agora, com a expressividade do passivo fiscal do país, com a enorme dificuldade do governo de manter as benesses emergenciais, ocorre um inevitável “choque de realidade” e a desalentadora conclusão de que se o governo “estancar” o fluxo generoso de recursos à população carente, a resultante promoverá a visibilidade do quadro desapontador e tanto o comércio, quanto a indústria perderão o fator motriz que os vem impulsionando, deixando evidente que nada há de sustentável nos sinais de retomada da atividade econômica.

Maior evidência desta decepcionante constatação advém do setor de serviços, importantíssimo na composição do PIB brasileiro, que ainda “patina” e se faz tardio na reação e sinaliza que quando retomar a atividade será lenta e gradual e o mais relevante, assumindo um novo modelo estrutural com demanda menor de mão de obra e espaços, sem perder, contudo, sua expressividade de 70% do PIB nacional.

Os números da crise fiscal são progressivos e de difícil contenção face ao “status quo” e ao “corner” em que o governo está envolvido do tipo “se ficar o bicho come se correr o bicho pega” e se observa que absolutamente de forma aleatória se propaga, se projeta, recuperação do déficit mensal a partir de outubro ou novembro, como se fosse ocorrer num passe de mágica.

E neste quadro que se configura caótico em perspectiva, cada vez mais se reduz a contração presumida do PIB neste ano de 2020. Pode haver nesta postura outro equivoco.

Então, neste momento as análises e projeções que alinham nossos mercados – bolsa, dólar e juro – perdem a conveniente mescla com os eventos na economia global para forjar perspectivas locais contagiadas e otimistas, passando gradualmente a observar melhor a situação real do país.

Temos ao longo dos meses mencionado que a Bovespa não tem tração e fundamentos econômicos para atingir as otimistas projeções de alta, a despeito do excepcional volume de recursos ingressados através os novos investidores pessoas físicas advindo do mercado de renda fixa, segmento duramente atingido pela brusca redução do juro, pois não há contrapartida na recuperação sustentável da atividade econômica brasileira, exceto o agronegócio, e alguns dados mais alvissareiros, em especial do varejo, precisam ser analisados de forma mais critica, visto que a renda que consome não esta sendo gerada pelo trabalho.

O dólar é o fator que demonstra mais imediatamente os reflexos de preocupação com o agravamento da questão fiscal e assim, na medida em que aumente a percepção de risco, repercute no seu preço e se descola do comportamento externo da moeda americana, não como reflexo de aumento de saídas no mercado à vista, mas de proteção com aumento de demanda no mercado futuro, que se antecipa a todos demais.

A rigor, o governo conseguiu o seu objetivo de “câmbio alto” que visava intentos como tornar o país mais atraente e barato aos investidores estrangeiros, no que não logrou sucesso até porque não implementou o programa de privatizações, mas que ajudou bastante o setor exportador, em especial o agronegócio. Não teve recíproca como estimulo à indústria nacional na substituição do produto importado já que a mesma não se mostrou sensibilizada para realizar investimentos, e, agora tudo se debita um pouco a crise da pandemia do coronavírus.

Com a contrapartida do “câmbio alto” ancorado pelo “juro baixo” o preço, depois de movimentos especulativos interferindo, se estabilizou dentro do parâmetro de R$ 5,00 a R$ 5,50, tendendo à mediana, visto que não há sinais de intensificação de demanda física e nem de oferta, e por isso até tem se prestado a servir de “hedge” para operações mais vulneráveis em outros segmentos, através “opções”.

Contudo, o que se percebe é que com o agravamento da questão fiscal e a dificuldade do governo encontrar “saídas” ante a problemática ocorre uma intensificação do foco no conturbado quadro econômico-político do país, e então o dólar volta a ter seu preço bastante pressionado pela intensificação da busca de proteção.

Um choque de “realismo”? Sim, isto mesmo e pode se intensificar!!

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