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Ibovespa: O Fluxo Estrangeiro Dá o Tom. Vai Continuar?

Publicado 15.02.2022, 13:47

Podemos dizer que o grande destaque do mercado financeiro brasileiro em janeiro foi a entrada de recursos de investidores estrangeiros aproveitando os baixos preços das ações e as taxas de juros atrativas na renda fixa. 

Os “gringos” destinaram R$32 bilhões para ações, o que permitiu ao Ibovespa atingir 6,98% de alta no acumulado do mês. A entrada de recursos, certa calmaria política (Congresso em recesso) e as taxas de juros atraentes permitiram que o dólar se desvalorizasse em relação ao real, atingindo R$5,30 (-4,95%). 

Os recursos para a bolsa, no entanto, se concentraram nas empresas de maior liquidez, tais como Petrobrás, Vale (SA:VALE3), B3 (SA:B3SA3) e grandes bancos (Bradesco (SA:BBDC4), Itaú (SA:ITUB4), Banco do Brasil (SA:BBAS3)). 

O fluxo de investidores locais para a bolsa continuou negativo, refletindo as atraentes taxas de juros para investimentos em renda fixa. Os resgates dos fundos de ações e multimercados ainda foram elevados e pressionaram os preços de ações específicas, principalmente as de menor liquidez, que continuaram o movimento de queda do final de 2021. 

Apesar de considerarmos este movimento (venda de ações na baixa para investir na renda fixa) irracional, as sondagens de fluxo de venda do investidor local dão sinais de que ele ainda não acabou. 

No cenário doméstico, vimos poucas mudanças no mês de janeiro que pudessem dar um tom mais otimista para as perspectivas. No campo da inflação, um novo movimento de alta das commodities (energia e alimentos principalmente) nos impedem de visualizar a acomodação dos preços, a despeito dos impactos das taxas de juros na atividade econômica terem dado os primeiros sinais.

No campo fiscal, o Governo e o Congresso dão mostras que as tentativas de burlar o teto de gastos não terminaram com a PEC dos Precatórios e continuarão tentando abrir os cofres com objetivos eleitorais (nada que não tenha acontecido em outros governos). 

O improviso impera. Medidas diversas têm sido especuladas e apresentam chances de evoluir, tais como: PEC dos combustíveis, reajuste salarial do funcionalismo, recursos para caminhoneiros e outras criatividades que certamente aparecerão. 

Politicamente fraco, o Ministério da Economia pode ser atropelado e ter que engolir. Esse tipo de coisa aumenta o prêmio de risco, pressiona o câmbio, inflação e taxa de juros. 

No cenário internacional, os comentários dos diretores do FED (Banco Central Americano) feitos em janeiro demonstraram que a elevação de juros nos EUA deve ser antecipada e ampliada em comparação com o que tínhamos antes, o que também nos afeta domesticamente e do ponto de vista de fluxo de investidores para ações brasileiras pode significar um risco. 

Para investimentos em ações no Brasil, o contraponto a todas essas incertezas é o preço, “apenas” o preço, como já temos destacado aqui nos últimos comentários. Para alguns os preços baixos das ações podem não ser o suficiente para tomar decisão de investimento, uma vez que a paciência para esperar a valorização também deve estar presente. Entretanto, para aqueles que tiverem a disposição de esperar, o retorno pode ser muito compensador. 

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