Ontem os Índices americanos fecharam em baixa após os dados de inflação ao consumidor terem vindo maior que o esperado, o que pode forçar o Federal Reserve (Fed) a antecipar o aumento da taxa básica de juros.
Isso não é um fenômeno apenas da economia dos EUA. Na China, a inflação dos preços ao produtor subiu ao nível mais alto em 26 anos.
Enquanto, por aqui, o IPCA deu um susto, ficando acima das previsões do mercado e sinalizando que a alta da Selic em Dezembro deve ser de pelo menos 1,5 ponto percentual.
Apesar do IPCA maior que o esperado, ontem o otimismo prevaleceu no Ibovespa após a aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara, com alívio no risco fiscal, embora o caminho não esteja livre, já que ainda precisa ser aprovada em 2 turnos no Senado.
Hoje é dia de conferir o ritmo da atividade, com as vendas no varejo (9h). As expectativas, no entanto, não são boas.
Os resultados corporativos também devem movimentar o pregão de hoje.
Via (SA:VIIA3) publicou resultados ontem e mostrou um aumento de demandas trabalhistas que levou a provisões de R$ 810 milhões com processos.
Enquanto Simpar (SA:SIMH3) e JBS (SA:JBSS3) brilharam em seus balanços, o mesmo não aconteceu com BRF (SA:BRFS3), que reportou prejuízo no período.
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O Minério de Ferro mostrou alguma recuperação nesta madrugada, mas ainda não indica reversão da tendência de queda, que pode levar a commodity de volta aos 76 dólares, motivada pela crise do setor imobiliário chinês após as medidas regulatórias impostas pelo governo, que levou a Evergrande (OTC:EGRNY) (HK:3333) ao risco de calote.
Ontem, a cautela prevaleceu em Nova Iorque, após dados da inflação maior que o esperado, mas hoje o pré-mercado norte americano sinaliza uma abertura em alta.
Graficamente o Ibovespa ainda não deu sinais efetivos de reversão, mas melhora substancialmente se o Índice romper os 109 mil pontos e confirma um início de reversão se romper os 110.500 pontos .
Fique de olho!