CENÁRIO MACROECONÔMICO
As apostas pouco divididas em relação ao COPOM não focam na necessidade ou não de cortes mais profundos de juros, pois o maior afrouxamento é algo considerado unânime entre os economistas.
Porém, dada a importância da comunicação e para se evitar ruídos desnecessários, principalmente num contexto político conturbado, as apostas se firmam nos 50 bp nesta reunião.
As mais recentes inflações semanais, como o IPC da Fipe, IPC-S e IGP-M mostraram uma pressão considerável de preços que tanto pode se mostrar em dezembro, como podem transpassar para janeiro, o que, juntamente às vendas ao varejo, dão argumento para um corte mais “modesto”.
Entretanto, a perspectiva de um possível corte maior na próxima reunião é dado como certa e dependendo do rumo das votações da reforma da previdência, a tendência é fechamos 2017 com juros consideravelmente mais baixos e inflação dentro da meta.
CENÁRIO DE MERCADO
O ritmo de espera do resultado do COPOM continua a afetar o ritmo e o volume do mercado local. Com a perspectiva de um corte acima dos 0,25 p.p. já efetuados, as apostas se dividem mais no mercado de juros futuros do que entre os analistas.
O Ibovespa ontem se beneficiou de um contexto mais positivo com commodities, apesar do mercado internacional em queda. Não somente o preço de commodities, porém a notícia de emissões de Petrobras (SA:PETR4) e diversas outras empresas influenciaram positivamente o mercado.
Seguindo a tendência internacional, o Real se valorizou contra o dólar e nesta manhã, a divisa americana abre em alta, com um movimento errático dos US Treasuries.
O petróleo tenta firmar alta após a divulgação do relatório de corte de produção por parte da Arábia Saudita, porém muitos consideram o conteúdo falho, o que limita a alta do barril.
CENÁRIO POLÍTICO
O mise-en-scène da sucessão à presidência da câmara continua e tira o foco inclusive da sucessão ao senado. As articulações de candidaturas fadadas ao fracasso parecem fazer parte do contexto político, porém geram ruído e principalmente, notícias.
No contexto internacional, após a divulgação do envolvimento russo na eleição americana, o presidente eleito fará seu primeiro discurso endereçando a questão econômica, com forte atenção dos investidores.
Tudo isso após uma despedida emocionante de Barack Obama
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1941 / -0,18 %
Euro / Dólar : US$ 1,05 / -0,180%
Dólar / Yen : ¥ 116,13 / 0,311%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / -0,394%
Dólar Fut. (1 m) : 3217,81 / -0,01 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 11,33 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 10,82 % aa (-0,73%)
DI - Janeiro 21: 11,10 % aa (-0,80%)
DI - Janeiro 25: 11,40 % aa (-0,87%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,70% / 62.132 pontos
Dow Jones: -0,16% / 19.856 pontos
Nasdaq: 0,36% / 5.552 pontos
Nikkei: 0,33% / 19.365 pontos
Hang Seng: 0,84% / 22.935 pontos
ASX 200: 0,19% / 5.771 pontos
ABERTURAS
DAX: 0,063% / 11590,54 pontos
CAC 40: 0,033% / 4889,84 pontos
FTSE: 0,169% / 7287,79 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 62877,00 pontos
S&P Fut.: -0,018% / 2263,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,070% / 5034,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,12% / 86,96 ptos
Petróleo WTI: 0,91% / $51,28
Petróleo Brent:0,97% / $54,16
Ouro: 0,06% / $1.188,60
Aço: -0,81% / $670,50
Soja: 0,86% / $19,28
Milho: -0,21% / $357,25
Café: 0,51% / $148,45
Açúcar: 1,03% / $20,69