Para 2022, o setor ainda deve trabalhar com cautela, pois os indicadores preveem uma recuperação ainda muito lenta da economia brasileira. A inflação pode ficar abaixo da verificada em 2021, o que, ao menos, aliviaria um pouco o poder de compra do consumidor, que está limitado. O câmbio em 2022 deve se manter em patamar elevado, próximo de R$ 5,5/US$. Ao mesmo tempo que o dólar neste patamar tende a manter atrativas as exportações de frutas frescas, no campo, tende a elevar os já altos preços dos insumos agrícolas. Neste caso, além do câmbio, observa-se restrição da cadeia de distribuição de insumos e forte concorrência com as culturas agrícolas de maior extensão, como a soja.
Quanto aos investimentos, levantamento do Cepea mostra que, para as hortaliças, a área das principais culturas e regiões produtoras deve aumentar em 2022, compensando, em parte, as reduções observadas em 2020 e 2021. Esse incremento é concentrado novamente no segmento industrial de tomate e batata, além de uma recuperação parcial da área de alface.
Para as frutas, a previsão da Equipe de HF é de ligeira alta em 2021 frente a 2020. Os investimentos devem ser impulsionados, novamente, pelas regiões exportadoras de manga e uva.