Ontem, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1682 em mais um dia de alta, porém longe da máxima do dia, que chegou a bater R$ 5,215. Após a divulgação da ata do Fomc, parece que acalmou um pouco o sentimento de que os juros americanos subiriam demais.
A ata do Fomc divulgada ontem não sinalizou claramente a quantidade de aumentos e nem a que ritmo os juros por lá subirão. Segundo a ata, as autoridades de política monetária viram poucas evidências no fim do mês passado de que as pressões inflacionárias nos EUA estavam diminuindo, mas reconheceram que algumas partes da economia, principalmente a habitação, começaram a desacelerar sob o peso das condições de crédito mais apertadas, enquanto o mercado de trabalho permaneceu forte e o desemprego atingiu um nível mínimo quase recorde.
Os membros do Fed foram unânimes em sua visão de que era necessário empurrar as taxas de juros para um nível restritivo para reduzir a inflação em direção à meta do banco central.
Na coletiva de imprensa que se seguiu à declaração de política monetária, o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou que o banco central pode considerar uma pausa nos aumentos de juros após a reunião de setembro para avaliar o impacto do aperto na economia e na inflação. Isso acalmou o mercado.
Hoje, sairão índices importantes por lá, que embasarão ou não esses argumentos. Todos sabem que juros mais altos nos EUA são ruins para o real, porém a diminuição do ritmo de altas seria algo bom para nossa moeda.
Mercado de câmbio precisará acompanhar na próxima semana Jackson Hole. Lá, já com dados de inflação e emprego atualizados, as autoridades do Fed poderão comentar sobre os próximos passos da política monetária.
Aqui, o pano de fundo segue sendo as futuras eleições, o que acrescenta volatilidade ao câmbio.
E você leitor, qual sua opinião? Hoje, realização de lucros e esse mercado cai, ou sobe mais ainda especulando uma futura recessão? Opinem aqui!
Sobre o calendário teremos no Brasil a reunião mensal do conselho monetário nacional, onde são traçadas as diretrizes de política monetária, nos EUA atenção aos discursos de George e Kashkari, membros do Fomc e, de dados, teremos vendas de casas usadas, pedidos iniciais por seguro desemprego e índice de atividade industrial do Fed da Filadélfia. E, na Europa, as 14:15 horário de Brasília, o pronunciamento de Schnabel do BCE, onde poderemos saber a possível direção da política monetária por lá.
Bons negócios, turma!