Por aqui o dólar vai acompanhar dois cenários importantes. Um deles será o internacional/ americano a depender de como vierem dados de inflação por lá. Isso nos dará alguma ideia do próximo aumento de juros e até quando isso vai nos EUA. Esses dados podem ditar a trajetória futura de aperto monetário do Fed. Os dados acima do esperado podem forçar o banco central dos EUA a adotar uma postura mais "hawkish", ou dura no combate à inflação, ao aumentar os juros. O Fed já subiu os custos dos empréstimos em 3,75 pontos percentuais desde março deste ano, e quanto mais sua taxa básica avança, mais o dólar tende a ficar atraente frente às demais moedas.
Já internamente seguimos na expectativa de quem será o ministro da fazenda e da agenda fiscal do novo governo. Pessoal do mercado também aguarda definições mais concretas sobre que mecanismo o governo eleito utilizará para permitir gastos extra-teto em 2023 de forma a cumprir promessas de campanha de Lula, como a manutenção dos 600 reais do Auxílio Brasil e o reajuste real do salário mínimo. Em reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Lula afirmou que prefere uma PEC para viabilizar as mudanças que pretende fazer.
Ontem o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1845.
Seguimos com preocupações de que uma retomada nos casos de Covid na China, principal importador de commodities nossas, prejudique a demanda por lá.
Hoje IBGE divulgará às 09h30 a nossa inflação oficial, o IPCA, com perspectiva de aumento em relação ao valor anterior. Meia hora mais tarde, será anunciada a inflação ao consumidor dos EUA, com expectativa de alta de 0,2% em comparação mensal. Das últimas vezes, este foi um dos principais drivers de mercado, influenciando nas cotações das moedas mundo afora e por aqui também.
Para hoje antes da abertura do mercado por aqui sairá o relatório mensal do BCE, que contém dados importantes para definição de taxa de juros. Por aqui confirme disse acima IPCA de outubro. Nos EUA o dado mais esperado da semana, IPC
e também pedidos por seguro desemprego. A tarde é bom acompanhar os discursos de Mester e George, membros do FOMC.
Bons negócios, turma! E que tenham lucros!