No último dia pré-feriado, o dólar disparou mais de 1,5% e fechou o dia cotado a R$ 5,2722 para venda. A moeda brasileira sofreu com movimento de realização de lucros e o exterior tá só no aguardo da ata do Fed e próximos passos para tentar conter a inflação americana.
O dirigente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) Andrew Bailey confirmou o fim do programa de compra de títulos públicos (gilts) nesta semana. Era isso que estava segurando a libra.
Hoje teremos a reação do mercado de câmbio local aos eventos de ontem, a ata do encontro mais recente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e o índice de inflação ao produtor (PPI) nos Estados Unidos. Ambos os eventos podem levar a um rearranjo das expectativas para a intensidade e a extensão do aperto monetário nos EUA e, por tabela, provocar solavancos nas taxas dos treasuries e na cotação do dólar.
A ata do Fed mostrou que precisam mudar para uma postura ainda mais restritiva e mantê-la por algum tempo para cumprir a meta do banco central dos Estados Unidos de reduzir a inflação. Pois é força para o dólar. Na reunião do mês passado, o Fed elevou a taxa de juros em 0,75 ponto percentual pela terceira vez seguida, no esforço para reduzir a inflação das máximas de 40 anos, e o presidente do Fed, Jerome Powell, prometeu depois que isso continuará até estarem confiantes de que funcionou.
À medida que os mercados digerem o tom mais duro do Fed, o resultado são perdas esmagadoras para os mercados de ações dos EUA, rendimentos da dívida do governo em alta e um dólar em ascensão, agravando as condições fracas nos mercados globais.
Quanto ao relatório de preços ao produtor dos Estados Unidos (PPI), o documento mostrou que os preços para as empresas nos EUA subiram mais que o esperado em setembro, sugerindo que a inflação no país continua teimosamente alta.
Para completar as incertezas gerais, temos cautela diante da conflagração do conflito na Ucrânia, de novos bloqueios para conter a covid-19 na China e a corrida eleitoral para o Palácio do Planalto brasileiro.
Para hoje, o calendário traz nos EUA o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e pedidos por seguro-desemprego.
Bons negócios e cautela, turma!!!