Publicado originalmente em inglês em 02/09/2020
O “novo normal” nesta época de covid-19 é um número cada vez maior de pessoas trabalhando de casa, realizando compras on-line, fazendo aulas virtuais e até mesmo se entretendo do conforto dos seus lares. Por isso, se podemos dizer que uma coisa ficou clara em 2020 é que a tecnologia se tornou indispensável.
Embora as ações de tecnologias não tenham ficado imunes à liquidação de fevereiro e março, a maioria conseguiu fazer uma notável retomada a partir das mínimas de 52 semanas do fim do primeiro trimestre. Muitas mostraram resiliência nos fortes balanços do 2º tri, que acabaram impulsionando o preço dos seus papéis.
Com isso em mente, escolher quais ações são as mais promissoras com tantas delas em suas máximas históricas pode ser complicado. Vamos falar a seguir sobre os benefícios de investir em tecnologia e sobre dois fundos que podem proporcionar uma trajetória de crescimento mais segura.
Por que tecnologia?
De maneira geral, essas empresas desenvolvem, produzem ou oferecem serviços e produtos com alto conteúdo tecnológico. O setor abrange uma grande variedade de segmentos, desde telecomunicações até computadores pessoais, semicondutores, comércio eletrônico, software como serviço, computação na nuvem, fintechs, redes sociais, inteligência artificial, Internet das Coisas, robótica, big data e tecnologia autônoma.
Grandes nomes da tecnologia estão listados na bolsa Nasdaq, e sua sede fica no Vale do Silício ou Seattle. Gigantes como Alphabet (NASDAQ:GOOGL), (NASDAQ:GOOG), Apple (NASDAQ:AAPL) Facebook(NASDAQ:FB), Microsoft (NASDAQ:MSFT) e NVIDIA (NASDAQ:NVDA), entre outros, vêm liderando o rali nas ações tecnológicas.
Principalmente na última década esses nomes bastante conhecidos têm influenciado enormemente nossas vidas. Apesar do alto custo das suas ações e da sua volatilidade no curto prazo, as empresas de tecnologia ofereceram estabilidade e crescimento, já que os institucionais tendem a investir em ações que devem apresentar crescimento de resultados a cada trimestre.
1. Fundo Defiance 5G Next Gen Connectivity
- Preço atual: US$ 29,86
- Média de 52 semanas: US$ 18,66 - 29.92
- Taxa administrativa: 0,30% ao ano, ou US$ 30 em um investimento de US$ 10.000.
O fundo Defiance 5G Next Gen Connectivity (NYSE:FIVG) oferece exposição principalmente a empresas engajadas no desenvolvimento ou comercialização de sistemas usados nas comunicações 5G.
O FIVG, que rastreia os resultados de investimento do índice BlueStarGlobal 5G Communications, inclui 78 participações. Os três setores mais importantes (por peso) são tecnologia de rede de acesso por rádio (37,58%), operadoras de rede móvel (15,77%) e fundos imobiliários focados em data centers e torres de celulares (14,33).
As dez principais participações constituem cerca de 40% dos ativos líquidos totais do fundo, que são de US$ 478 milhões. As cinco principais empresas do fundo são Qualcomm (NASDAQ:QCOM), NXP Semiconductors (NASDAQ:NXPI), Ericsson (NASDAQ:ERIC), Analog Devices (NASDAQ:ADI) e Xilinx (NASDAQ:XLNX).
O mundo está se preparando para a revolução 5G, que deve impulsionar a produtividade e o crescimento. Essa nova tecnologia estará no centro da infraestrutura e da economia de dados que serão usados para desenvolver cidades inteligentes. Ela também reduzirá o atraso ou latência dos aplicativos móveis, o que pode ter um impacto positivo no desenvolvimento de jogos on-line e carros autônomos.
No acumulado do ano, o fundo apresenta valorização em torno de 13%. Em meados de agosto, ele atingiu a máxima histórica de US$ 29,92. O fundo pode sofrer pressão da realização de lucros no curto prazo, o que poderia oferecer um melhor valor para investidores de longo prazo. Consideraríamos uma compra em torno de US$ 27,5 ou abaixo disso.
2. Fundo ETFMG Prime Cyber Security
- Preço atual: US$ 50,58
- Média de 52 semanas: US$ 29,02 – 50,63
- Taxa administrativa: 0,60% ao ano, ou US$ 60 em um investimento de US$ 10.000.
O fundo ETFMG Prime Cyber Security (NYSE:HACK) é um portfólio de empresas que fornecem soluções de segurança cibernética, como hardware, software, consultoria e serviços para defender seus clientes contra crimes virtuais.
O HACK rastreia o índice Prime Cyber Defense e possui 57 participações. A alocação de setores (por peso) é a seguinte: software de sistemas (59,7%), consultoria de TI e outros serviços (10,6%), equipamentos de comunicação (9,4%), software de aplicação (7,7%), serviços de internet e infraestrutura (5,6%), soluções aeroespaciais e de defesa (5,4%) e equipamentos e instrumentos eletrônicos (0,8%).
As dez principais participantes constituem mais de 30% dos ativos administrados pelo HACK, que são de cerca de US$ 1,5 bilhão. As cinco principais empresas do fundo são Sailpoint Technologies (NYSE:SAIL), Cloudflare (NYSE:NET), Splunk (NASDAQ:SPLK), Cisco (NASDAQ:CSCO) e Liveramp (NYSE:RAMP).
A maioria dos analistas concorda que o mercado de segurança cibernética está a todo vapor. Como pessoas físicas e jurídicas precisam manter seus dados digitais e ambientes cibernéticos em segurança, diversas empresas incipientes e mais estabelecidas ganharam proeminência.
Até agora no ano, o HACK se valorizou mais de 19%. O fundo atingiu a máxima histórica em 27 de agosto e seu preço gira em torno de US$ 50,5. Os investidores de longo prazo que estão pesquisando ações de segurança cibernética podem se interessar em manter o HACK no radar. Um possível recuo até o nível de US$ 47,5 ou abaixo ofereceria um melhor ponto de entrada no fundo.
Nota do editor: Nem todos os ativos apresentados estão necessariamente disponíveis em todos os mercados. Consulte sua corretora ou consultor financeiro credenciado para encontrar instrumentos semelhantes que possam ser apropriados para você. Este conteúdo é apenas para fins informativos. Faça sua própria diligência antes de tomar qualquer decisão de investimento.