O mercado financeiro no Brasil e seus ativos continuam a navegar sob fundamentos frágeis e notícias pontuais, especialmente aquelas ligadas à política e sinais emitidos da equipe econômica.
Ontem em Davos, Haddad emitiu sinais difusos, como a zeragem do déficit público em 2 anos com o atual plano econômico (?!?), âncora fiscal e reformas, especialmente a tributária, quando ao mesmo tempo, reiterou que a decisão sobre o salário-mínimo, com forte impacto nas contas públicas, é de cunho político.
Além da incompatibilidade dos atuais pretensos planos econômicos, dos quais ainda não se sabe qual será a tal âncora fiscal, com o aumento acima da inflação do salário-mínimo, pouco tem se comentado sobre a reforma administrativa, esta sim conectada aos gastos do governo e que traria a maior confiança aos investidores.
Por enquanto, o mercado continua a se pautar na perspectiva de que o crescimento chines seja tanto um direcionador dos investimentos para países emergentes, quanto um ‘anulador’ de parte dos efeitos negativos de uma possível recessão no hemisfério norte este ano, daí o benefício ao mercado brasileiro e às commodities.
No Japão, a grande expectativa girava em torno de uma ampliação da banda de negociação dos títulos do governo japonês por parte do BoJ ou um possível sinal de alteração da política monetária, tendo ambos não ocorrido.
Com isso, elevou-se o prêmio de maior risco, puxando o Nikkei e outros ativos na região, porém tudo em detrimento ao Yen, a moeda de pior performance durante a madrugada e esta manhã, após Kuroda reiterar o sinal de política dovish.
O retorno das bolsas americanas foi marcado pela decepção com os resultados da Goldman Sachs (NYSE:GS), ainda que o Morgan Stanley (NYSE:MS) tenha superado as expectativas e seguido a linha dos grandes bancos americanos na largada da temporada de balanços corporativos, fechando 2022.
Na sessão de hoje, a agenda pesada conta com vendas ao varejo, produção industrial e inflação ao atacado nos EUA, o PPI e na Europa, o CPI no Reino Unido superou as expectativas aos 0,4%, anual 10,5% e o núcleo se mantem aos 6,3%.
Já na Zona do Euro, o CPI registrou o segundo mês consecutivo de queda e o dado final foi revisado para uma queda mais forte de -0,4%, anual 9,2% e núcleo 5,2% e assim como na Alemanha ontem, alimentos em alta e combustíveis em queda.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a agenda macroeconômica cheia nos EUA e resultados da Alcoa.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, capitaneados pelo Yen, após Kuroda sinalizar mais estímulos à economia, caso necessário.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam no negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre e ao minério de ferro.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com os dados na China criando expectativa de melhora no consumo.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,31%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1042 / -0,93 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,714%
Dólar / Yen : ¥ 129,28 / 0,937%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / 0,570%
Dólar Fut. (1 m) : 5122,26 / -0,82 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,49 % aa (-0,46%)
DI - Janeiro 25: 12,52 % aa (-1,14%)
DI - Janeiro 26: 12,37 % aa (-1,14%)
DI - Janeiro 27: 12,36 % aa (-0,99%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,0386% / 111.439 pontos
Dow Jones: -1,1421% / 33.911 pontos
Nasdaq: 0,1440% / 11.095 pontos
Nikkei: 2,50% / 26.791 pontos
Hang Seng: 0,47% / 21.678 pontos
ASX 200: 0,10% / 7.393 pontos
ABERTURA
DAX: -0,157% / 15163,23 pontos
CAC 40: 0,131% / 7086,43 pontos
FTSE: 0,128% / 7861,07 pontos
Ibov. Fut.: 2,17% / 112438,00 pontos
S&P Fut.: 0,09% / 4013,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,004% / 11632,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,80% / 112,91 ptos
Petróleo WTI: 1,68% / $81,53
Petróleo Brent: 1,34% / $87,07
Ouro: 0,34% / $1.912,81
Minério de Ferro: 1,04% / $121,85
Soja: 0,47% / $1.546,50
Milho: 0,18% / $686,50
Café: 1,79% / $152,50
Açúcar: 0,20% / $20,19