A semana anterior foi fortemente marcada pela expectativa tanto da divulgação de indicadores de inflação aqui e no exterior, como pelos pretensos avanços da guerra comercial entre EUA e China.
No lado político, as atenções se voltaram aqui aos avanços da cessão onerosa no Senado, que deu abertura para a votação da reforma da previdência no dia 22 em seu segundo turno.
Nos EUA, além dos desdobramentos da guerra comercial, o foco do Ceongresso americano continua no impeachment do presidente Trump após o pedido em público para que Ucrânia e China investiguem o filho de seu possível oponente à Casa Branca, Joe Biden.
É neste contexto que Trump viu sua janela de oportunidade para “operar” a guerra comercial como um ativo político diminuir, elevando assim a necessidade de uma solução mais imediata, mesmo que signifique pouca efetividade.
Os anúncios de Trump na sexta-feira (11/10) passavam a impressão de que o resultado não é crível, sendo um acordo mais protocolar do que efetivo, como uma ‘vitória pírrica’ para ambos os lados.
Há pouca informação na tal “fase 1” e para completar, os chineses atingiram em cheio as pretensões de apaziguar o atual cenário, ao dizer que precisam de mais conversas para então assinar tal fase.
Vendo o apoio dos eleitores não republicanos se esvair e com possibilidade real de avanço do impeachment, pois mesmo no próprio partido, Trump incomoda bastante o establishment, o presidente americano está em modo alerta acionado.
Como não pode mais culpar o Fed, pois o mesmo já sinalizou a possibilidade, ainda que cautelosa, de avanço nos cortes de juros, uma solução rápida da guerra comercial seria o ideal, porém os chineses parecem ter percebido o ponto fraco de Trump.
Para os investidores, resta a volatilidade. A possibilidade de um acordo, ainda que fraco animou os ativos na semana anterior e seria valioso para aliviar o peso do atual cenário e aumentar a propensão ao prêmio de maior risco, ainda mais com feriado nos EUA.
Com o atual revés, retornam as incertezas, a volatilidade nos ativos e a atenção de todos, novamente, às questões geopolíticas.
Do lado inflacionário, a ausência de pressões tem se mostrado global, abrindo espaço para os avanços de políticas monetárias frouxas e soluções diversas, muitas sem precedentes históricos, o que pode ser perigoso.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com reveses dos pretensos avanços na guerra comercial e Brexit.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, pelas conversas China e EUA.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries não operam pelo feriado de Columbus Day nos EUA.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao ouro e prata. O petróleo abre em queda, com o revés da guerra comercial na manhã.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4,88%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1097 / 0,04 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,036%
Dólar / Yen : ¥ 108,13 / 0,120%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / -0,876%
Dólar Fut. (1 m) : 4100,08 / -0,81 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,55 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,59 % aa (-1,29%)
DI - Janeiro 23: 5,59 % aa (-2,78%)
DI - Janeiro 25: 6,25 % aa (-2,95%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,9788% / 103.832 pontos
Dow Jones: 1,2074% / 26.817 pontos
Nasdaq: 1,3364% / 8.057 pontos
Nikkei: 1,15% / 21.799 pontos
Hang Seng: 0,81% / 26.522 pontos
ASX 200: 0,54% / 6.643 pontos
ABERTURA
DAX: -0,744% / 12418,51 pontos
CAC 40: -0,860% / 5616,74 pontos
FTSE: -0,668% / 7198,67 pontos
Ibov. Fut.: 1,91% / 103837,00 pontos
S&P Fut.: -0,320% / 2956,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,560% / 7815,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,44% / 78,48 ptos
Petróleo WTI: -2,16% / $53,45
Petróleo Brent:-1,83% / $59,07
Ouro: 0,34% / $1.495,70
Minério de Ferro: -0,16% / $92,86
Soja: 0,82% / $15,92
Milho: 0,13% / $396,25
Café: 0,16% / $93,90
Açúcar: 0,56% / $12,46