O ensurdecedor silêncio de Trump no caso da guerra comercial foi quebrado e de modo que não agradou aos investidores como um todo.
A renovação da volatilidade causada pela guerra comercial EUA-China veio quando Trump disse na sexta-feira que não havia concordado em descartar tarifas sobre produtos chineses.
Seus comentários contradisseram as notícias do início da semana passada, após o Ministério do Comércio chinês afirmar que os dois lados concordaram em cancelar as tarifas existentes para avançar a fase-1 do acordo.
Portanto, as tensões comerciais entre EUA e China devem a nortear os ativos como um todo durante esta semana. Com a agenda internacional limitada em termos de indicadores econômicos e a agenda corporativa em sua fase final, volatilidade à vista.
Além do meio-feriado do dia dos veteranos nos EUA, a semana começa também com o PIB britânico levemente abaixo das projeções médias, porém ainda na expansão, acompanhado de resultados piores de atividade industrial, serviços e balança comercial. O Brexit surtindo seus efeitos na terra da rainha.
Na China uma série de indicadores também amargou um início de semana negativo, com a inflação ao varejo no maior nível em quase 8 anos, puxada pelos preços da carne suína, que quase dobraram em outubro, comparado a 2018. A deflação industrial se aprofundou, com a maior queda de preços em 3 anos, além da queda das vendas de automóveis de passeio em 6% aa em outubro, o 16º declínio em 17 meses.
Localmente, a semana igualmente curta foca, porém, tem foco numa série de indicadores de atividade econômica, como IBC-Br, vendas ao varejo, pesquisa mensal de serviços e algumas inflações, além da agenda corporativa, onde encerra de maneira pesada a divulgação de resultados do terceiro trimestre.
No âmbito político, a queda de Evo Morales tem um efeito local limitado, porém de certa maneira limita o evento da soltura do ex-presidente lula.
Em primeiro ano de mandato, a Bolsonaro a preocupação deve vir somente se a economia não performar, de resto, é somente mais um ruído típico da oposição derrotada.
Como diria James Carville: "É a economia, Estúpido!"
Atenção aos resultados de Walt Disney, Softbank, Sumitomo, Viacom, Mariott, Activision Blizzard, Mitsubishi, Dr Pepper Snapple, Bridgestone, Shiseido, Nissan e Fannie Mae. Localmente, em destaque os balanços de Banrisul, Pine, Biotoscana, BR Distribuidora, Itaúsa, Rumo e São Martinho.
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ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em baixa, pelos retrocessos na guerra comercial.
Na Ásia, fechamento negativo pelo recuo de Trump nas tratativas comerciais.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries não operam pelo feriado nos EUA.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao ouro e prata.
O petróleo abre em queda, com perspectivas de super oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 9,61%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1676 / 1,59 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,136%
Dólar / Yen : ¥ 108,97 / 0,248%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / 0,227%
Dólar Fut. (1 m) : 4151,94 / 1,46 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,44 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,55 % aa (0,22%)
DI - Janeiro 23: 5,66 % aa (0,71%)
DI - Janeiro 25: 6,25 % aa (0,64%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,7810% / 107.629 pontos
Dow Jones: 0,0233% / 27.681 pontos
Nasdaq: 0,4837% / 8.475 pontos
Nikkei: -0,26% / 23.332 pontos
Hang Seng: -2,62% / 26.927 pontos
ASX 200: 0,72% / 6.773 pontos
ABERTURA
DAX: -0,333% / 13184,51 pontos
CAC 40: -0,033% / 5887,74 pontos
FTSE: -0,495% / 7322,94 pontos
Ibov. Fut.: -1,90% / 107908,00 pontos
S&P Fut.: -0,275% / 3082,10 pontos
Nasdaq Fut.: -0,406% / 8220,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,77% / 79,29 ptos
Petróleo WTI: -0,89% / $56,50
Petróleo Brent:-1,10% / $61,84
Ouro: 0,41% / $1.465,72
Minério de Ferro: -2,65% / $80,36
Soja: -0,54% / $15,68
Milho: -0,73% / $374,25
Café: -1,46% / $107,95
Açúcar: -0,56% / $12,48