Ontem, o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, propôs uma lista de produtos da União Europeia sobre os quais se deve aplicar as tarifas como retaliação pelos subsídios aéreos europeus, considerando tarifas sobre cerca de US$ 11 bi em produtos da UE, desde peças de aeronaves até vinho.
É uma resposta aos subsídios da União Europeia à Airbus, que a Organização Mundial do Comércio (OMC) considerou ter "efeitos adversos" sobre os EUA e como ilegais.
Neste caso em especifico, a situação se diferencia das tarifações anteriores por possuir tanto uma base mais técnica, como o respaldo de um relatório internacional.
Empresas como Airbus, Mercedes-Benz, Rolls Royce, Nokia, Basf e empresas ligadas a bebidas e alimentação podem ser as principais afetadas e em especial, a Alemanha se mostra preocupada com o evento, em visto à sua enorme pauta de comércio internacional e balança comercial superavitária há anos.
Ainda na Europa, Theresa May deve se reunir com os líderes da Alemanha e da França no final do seminário do Brexit, com apenas 4 dias para a saída definitiva.
Na quarta-feira, May deve se reunir num encontro emergencial, quando todos os 28 estados da UE votarão se concederão ou não uma extensão adicional do Brexit ao Reino Unido.
Neste cenário, à parte da questão política local, as atenções tendem a se voltar aos desenvolvimentos dos eventos acima no velho continente, enquanto no curtíssimo prazo, localmente se observam os dados de vendas ao varejo do mês de fevereiro.
CENÁRIO POLÍTICO
A sessão da CCJ hoje às 14h30, o deputado Delegado Freitas (PSL MG) deve entregar o parecer da reforma da previdência sem alterações, seguindo uma premissa do partido e o tema pode ir à votação em no máximo 10 dias, conforme citou Felipe Francischini (PSL PR).
Ainda hoje, a atenção se volta ao leilão do pré-sal e notícias sobre a cessão onerosa, com as discussões em aberto entre a equipe econômica, a qual acredita não haver necessidade de passagem do tema ao Congresso e Maia que acredita o contrário.
O problema na verdade é ‘simples’, o repasse dos recursos aos estados.
Enquanto Guedes tem o olhar pragmático nas distribuições de recursos aos estados (em torno de 20% do total), Maia entende que o papel do Congresso nesta distribuição deva ser preservado.
Ou seja, a necessidade de agradar as bases e aos governadores deve partir dos políticos e não dos técnicos, na visão dos deputados.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é mista e os futuros NY abrem em queda, com a temporada de balanços iniciando.
Na Ásia, o fechamento foi misto, em reação aos dados da economia japonesa e chinesa.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre.
O petróleo abre em alta, com as ameaças na Líbia.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,7%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8506 / -0,59 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,133%
Dólar / Yen : ¥ 111,32 / -0,144%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,092%
Dólar Fut. (1 m) : 3852,00 / -0,50 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,48 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,05 % aa (0,28%)
DI - Janeiro 23: 8,20 % aa (0,61%)
DI - Janeiro 25: 8,76 % aa (0,69%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,27% / 97.369 pontos
Dow Jones: -0,32% / 26.341 pontos
Nasdaq: 0,19% / 7.954 pontos
Nikkei: 0,19% / 21.803 pontos
Hang Seng: 0,27% / 30.157 pontos
ASX 200: 0,01% / 6.222 pontos
ABERTURA
DAX: -0,065% / 11955,67 pontos
CAC 40: 0,101% / 5477,29 pontos
FTSE: 0,026% / 7453,80 pontos
Ibov. Fut.: 0,17% / 97426,00 pontos
S&P Fut.: -0,059% / 2896,60 pontos
Nasdaq Fut.: -0,098% / 7616,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,21% / 82,84 ptos
Petróleo WTI: 0,12% / $64,48
Petróleo Brent:-0,03% / $71,08
Ouro: 0,34% / $1.301,88
Minério de Ferro: 1,98% / $93,63
Soja: -0,01% / $16,05
Milho: 0,00% / $359,25
Café: 0,59% / $93,85
Açúcar: 0,72% / $12,69