Finalmente.
A Fase-1, ou “Round-1” do acordo comercial EUA-China será assinada hoje em Washington e sela um período de relativa paz entre os dois países, protagonistas da volatilidade observada nos últimos dois anos.
Os termos do acordo ainda não são completamente conhecidos, porém já se sabe que itens importantes como a queda de tarifas, inclusive reforçadas nos Mnuchin ontem, subsídios estatais, políticas industriais, propriedade intelectual e discriminação contra licitantes estrangeiros em contratos públicos (procurement discrimination) não estarão endereçados nesta fase.
Conforme citamos anteriormente, existe uma aparência de vitória pírrica, pois a continuidade das hostilidades comerciais começava a gerar efeitos negativos reais na economia da China e eleitorais a Donald Trump, portanto, pouco interessa, ao menos até o pleito nos EUA a continuidade das tensões entre os dois países.
Em termos globais, o acordo com ares de trégua é muito significante, pois dada a elevada liquidez internacional, a busca pelo prêmio de maior risco pode se intensificar, já que as bolsas americanas se converteram em uma espécie de safe havens, em vista às taxas de juros reais e nominais negativas mundo afora.
Países europeus podem não se beneficiar de tal movimento de liquidez internacional, ainda assim, a perspectiva de um cenário de possível aquecimento econômico é benéfico a países como a Alemanha, a qual registrou o pior crescimento anual em 7 anos, com PIB aos 0,6% na medida preliminar de 2019.
Localmente, a notícia da Argentina sendo preterida pelos EUA em uma possível entrada na OCDE, colocando o Brasil no seu lugar é um ponto positivo para a política externa de Bolsonaro, focada na aproximação com Trump.
A entrada na OCDE não mira somente o comércio internacional, mas também uma chancela que abre portas de um mercado global de investimentos de fundos de trilhões de reais, quase tão forte quanto um grau de investimento.
Por fim, a divulgação da PMS de ontem, com leve contração marginal abriu espaço para as mais diversas leituras de continuidade do afrouxamento monetário no Brasil, porém, as atenções devem se voltar à pesquisa de comércio, em vista à retomada ser fortemente centrada no consumo e não nos investimentos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em baixa, com expectativa pelo anúncio do acordo comercial.
Na Ásia, dia negativo, também no aguardo da Fase-1 do acordo.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao ouro.
O petróleo abre em queda, também na espera do acordo.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,69%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1314 / -0,27 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,036%
Dólar / Yen : ¥ 109,88 / 0,118%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,184%
Dólar Fut. (1 m) : 4137,70 / -0,17 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,10 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,66 % aa (-1,39%)
DI - Janeiro 25: 6,38 % aa (-0,93%)
DI - Janeiro 27: 6,75 % aa (-0,88%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,2618% / 117.632 pontos
Dow Jones: 0,1128% / 28.940 pontos
Nasdaq: -0,2437% / 9.251 pontos
Nikkei: -0,45% / 23.917 pontos
Hang Seng: -0,39% / 28.774 pontos
ASX 200: 0,47% / 6.995 pontos
ABERTURA
DAX: -0,044% / 13450,52 pontos
CAC 40: -0,045% / 6038,20 pontos
FTSE: 0,168% / 7635,14 pontos
Ibov. Fut.: 0,09% / 117879,00 pontos
S&P Fut.: -0,140% / 3284,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,154% / 9055,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,08% / 80,28 ptos
Petróleo WTI: -0,39% / $58,14
Petróleo Brent:-0,48% / $64,28
Ouro: 0,45% / $1.552,68
Minério de Ferro: 0,85% / $94,83
Soja: 0,26% / $15,67
Milho: -0,06% / $389,00
Café: 0,39% / $115,00
Açúcar: 0,49% / $14,37