Por Pinchas Cohen
Uma imagem improvável para o petróleo bruto WTI é o de uma commodity em perigo e, ainda assim, é exatamente como a Arábia Saudita e a Rússia parecem se referir a ele. Os dois países deram sua palavra de honra de que os cortes na produção de novembro do ano passado serão estendidos para 2018 em um esforço para aumentar o preço da commodity, recentemente em baixa.
É irônico que o ativo antigamente tratado como "ouro negro" tenha, mais recentemente, se tornado uma 'donzela' constantemente em perigo. Embora os ousados esforços dos possíveis salvadores do petróleo da Opep e fora dela sejam evidentes, os vilões neste cenário — produtores norte-americanos de shale oil — parecem ter a vantagem de possíveis proporções mitológicas. Como podem os 'cavaleiros com armaduras' do petróleo ser vitoriosos quando seus esforços de resgate alimentam o 'dragão' norte-americano?
Quanto mais a Opep e seus aliados deixam de lado a participação do mercado, mais os esforços do dragão que cospe fogo aumenta o perigo — a degradação do preço do petróleo.
O petróleo bruto tem sido negociado dentro de um canal ascendente desde o início de abril, porém os crescentes estoques norte-americanos, junto com o aumento na produção de shale oil, tiraram a commodity de seu padrão e a levaram para um novo canal descendente que começou no início de fevereiro. As garantias de hoje de que os cortes na produção possam continuar no próximo ano renovaram a tendência de alta, mas não o suficiente para ultrapassar a média móvel diária de 200 (vermelho), que tem sustentação da média móvel diária de 50 (amarelo), que é tem a ameaça de cruzar abaixo da média móvel diária de 200 em um ataque mais agressivo.
Em uma observação mais otimista: o aumento dos preços hoje leva o petróleo de volta ao canal ascendente. Entretanto, lembre-se que se pelo menos o preço possa ultrapassar a média móvel diária de 200, e a média móvel diária de 50 que o sustenta, o preço não voltará para acima dos US$ 50. Pelo contrário, de um ponto de vista técnico, seria esperada a continuação desse modelo dentro do canal descendente, de volta aos US$ 45.