Como relatado pela mídia especializada, o Banco Popular da China, deu início à desvalorização do yuan através da compra de moedas estrangeiras, para que se pudesse em um segundo momento comprar a moeda nacional, aumentando o seu custo. Desde o início de maio deste ano, quando a China começou a perseguir esta política monetária, o yuan caiu 4,3% em relação ao dólar. Esta valorização produz um impacto indireto nas grandes economias globais.
Este mecanismo cambial tem sido usado repetidamente pela administração chinesa durante a última crise econômica com vistas a reduzir o custo da exportação de produtos chineses, bem como evitar a deflação. De fato, ao se melhorar a competitividade das exportações chinesas, os competidores estrangeiros de produtos similares nos países desenvolvidos, como nos EUA, Japão e União Europeia sentem uma maior pressão no mercado global.
Por exemplo, a Apple lançou recentemente um relatório, o qual mostra queda de 14,4% no lucro líquido, enquanto as receitas diminuíram 7,7% em 2016. Boa parte desta queda na receita está relacionada com a redução na demanda de iPhones na China e no fato de que a Apple foi forçada a reduzir o preço de seu principal produto no quarto trimestre, precisamente, a fim de melhorar a sua competitividade, em comparação com os smartphones chineses de classe inferior.
Os países que brigam por mercados no “terceiro mundo” analisam com receio a expansão econômica da China. Afinal, quanto mais cedo a economia chinesa sair da crise, mais agressivamente os chineses irão investir no exterior, principalmente em países com enormes dívidas públicas na África e América do Sul. Países como Argentina, Paraguai e Venezuela são quase totalmente dependente da China como seu maior credor.
-Vale citar mercados mercados de governos socialista, como Vietnã, Laos e Coreia do Norte. A China, graças à sua expansão econômica vem conquistando o status de potência global.
No entanto, os EUA vem observando em silêncio a expansão da China nos mercados emergentes sem tomar uam postura interventora direta. Ocorre que a China é também o maior credor dos Estados Unidos em si, possuindo um pacote significativo de títulos do governo deste país. Em caso de tensões significativas com os Estados Unidos, a China pode vender sua participação na bolsa de valores, atitudo a qual poderia conduzir a um sério enfraquecimento do rendimento destes títulos públicos para níveis que poderiam causar a falência do estado, arrastando um colapso do dólar e, consequentemente, da economia global. China está bem ciente de que, como o maior credor dos Estados Unidos, o país tem uma arma financeira poderosa que, quando aplicada, pode tornar-se o equivalente a uma explosão nuclear para a economia global.
Apesar das relações políticas entra a China e os Estados Unidos não serem as melhores, países possuem boas relações comerciais, assim como o Japão e a União Europeia. No entanto, no que tange às relações político-militares o país asiático está cada vez mais próximo da Rússia. Nota-se também que as fortes relações comerciais da China com muitos países europeus provoca na verdade uma consequência sobre a posição da Europa em relação com os Estados Unidos e sua "parceria transatlântica".
Os países europeus não estão se mostrando comprometidos com a assinatura deste acordo, uma vez que temem o rompimento das relações comerciais com a China. Compreendemos, deste modo, que o fortalecimento da economia chinesa após a desvalorização do yuan pode, no futuro, fortalecer ainda mais a posição da China na Europa e nos EUA.