Na terça-feira, o Departamento de Defesa dos EUA desfez o projeto de computação na nuvem JEDI de US$ 10 bilhões, arquitetado pelo governo Trump em parceria com a Microsoft (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34). Em seu lugar, o órgão anunciou “um novo contrato que deve incluir empresas como Amazon.com e outros fornecedores de computação na nuvem”.
As ações da Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) dispararam com a notícia. Os papéis da gigante do varejo eletrônico se valorizaram US$ 164, uma alta de 4,7%. Já a Microsoft chegou a cair 1,2% com a notícia, mas encerrou o dia estável.
O contrato original estava parado desde que a Amazon entrou com um processo na justiça, afirmando que a concessão era um movimento político do ex-presidente Donald Trump, que exerceu pressão indevida sobre os militares para afastar a empresa do processo. O ex-mandatário ficou conhecido por alfinetar publicamente a varejista de Seattle e seu CEO, Jeff Bezos.
Além de impulsionar as ações da Amazon, de acordo com a Bloomberg, o rali de ontem “elevou a fortuna de Bezos em US$ 8,4 bilhões”, fazendo dele o homem mais rico do planeta, com um patrimônio recorde de US$ 211 bilhões. Bela “vingança” para um homem que sofreu com o escárnio de Trump durante anos.
Além disso, as ações da AMZN atingiram novo recorde pela primeira vez desde setembro, rompendo a consolidação em que se encontravam. Será que o papel pode agora registrar máximas ainda mais altas, fazendo o nível de riqueza de Bezos atingir a estratosfera?
Ontem, o preço da ação superou o topo da consolidação em que estava preso, graças em parte a um mecanismo de impulso de mercado: a bandeira descendente. Perceba o forte avanço que precedeu a bandeira, motivado pelo medo da inflação e disseminação da variante Delta do coronavírus pelo mundo, trazendo força novamente para as “queridinhas” do mercado durante a pandemia.
Esse salto de 11% gerou uma realização de lucros, promovendo a correção. Mas o alto interesse pela ação a fez se manter firme até o rompimento para cima, sinalizando a retomada da tendência de alta subjacente, com alvo mínimo equivalente ao movimento de US$ 350 que gerou o mastro da bandeira, a partir do ponto de rompimento.
Além disso, quando ocorre o rompimento de uma consolidação, a expectativa é que haja um espelhamento para cima da distância entre seu fundo e topo. Por fim, quanto mais longa consolidação, maior o ímpeto do movimento, em razão do alto interesse dos investidores na ação que estavam movimentando o preço dentro do padrão.
Estratégias de negociação
Traders conservadores devem aguardar um movimento de retorno para retestar o topo da consolidação ou até mesmo a bandeira, antes de considerar uma posição de compra.
Traders moderados podem aguardar o mesmo recuo para reduzir a exposição ou esperar uma confirmação da retomada da tendência de alta.
Traders agressivos podem entrar a qualquer momento, desde que operem de acordo com um plano que justifique o risco. Apresentamos a seguir um exemplo:
Exemplo de operação
- Entrada: US$3600
- Stop-Loss: US$3550
- Risco: US$50
- Alvo: US$4000
- Retorno: US$400
- Relação risco-retorno: 1:8