Os investidores de ações de tecnologia foram massacrados na segunda-feira, depois que os papéis do setor foram pressionados por preocupações com a alta dos rendimentos dos títulos americanos e o que isso pode sinalizar em relação à alta de juros nos EUA. O índice NASDAQ, repleto de ações de tecnologia, registrou o pior desempenho entre os principais índices americanos, com uma queda de mais de 2% no fechamento.
Mas o Facebook (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34), que faz parte do grupo FAANG, teve o pior dia. As ações da gigante das mídias sociais, que se desvalorizaram quase 5% no fim do pregão, enfrentaram dois obstáculos adicionais e específicos da companhia. Perto do meio-dia de segunda-feira, todas as plataformas do Facebook, entre elas WhatsApp e Instagram, sofreram um “apagão” global, fazendo com que a empresa – cujos aplicativos são utilizados por quase 3,5 bilhões de pessoas – ficasse fora do ar. Esse foi o maior período de que se tem memória em que o Facebook fica fora do ar.
Para aumentar ainda mais a pressão sobre a empresa de Menlo Park, Califórnia, o apagão ocorreu na esteira de um vazamento feito pela ex-funcionária, Frances Haugen, que forneceu à SEC e ao Wall Street Journal milhares de documentos que demonstrariam que o FB priorizou os lucros, e não a proteção dos usuários.
Embora o diretor-geral de tecnologia do FB, Mike Schroepfer, tenha publicado um tuíte pedindo desculpas, os investidores nem de longe se acalmaram. A ação sofreu forte liquidação, estendendo as perdas pelo quarto dia consecutivo, acumulando uma desvalorização total de 13,85%. Esse é o pior recuo do FB desde o fundo de março de 2002.
Depois de cair mais de 10%, a ação oficialmente entrou em território de correção. Com isso, será que se trata de realização de lucros dos investidores satisfeitos, permitindo que o papel retome seu movimento de alta, ou será que esse é o início de um movimento maior de baixa, capaz de faz o papel flertar com uma queda de 20%, limite de um bear market?
É preciso ter em mente que, durante o recuo, a ação encontrou suporte em sua linha de tendência de alta. O preço derrapou levemente abaixo dessa linha de suporte, antes de fechar acima dela. Dessa perspectiva, seria uma oportunidade para aproveitar a queda e comprar, já que o preço reagiu ao suporte e repicou.
Por outro lado, o IFR perdeu seu fundo anterior, sugerindo que os preços podem estar perdendo força. Isso não significa que o leve recuo do IFR abaixo do seu suporte torne impossível um repique no indicador, juntamente com o preço, voltando a seguir sua linha de tendência de alta, que conta com o suporte da MMD 50.
Mesmo assim, o preço não conseguiu atingir o topo do seu canal ascendente, possivelmente demonstrando fraqueza. Por outro lado, o volume da atual liquidação vem caindo a cada dia, aumentando as chances de que a queda esteja perdendo força.
Isso confirmaria o suporte dos preços na linha de tendência de alta e sinalizaria que o IFR pode, de fato, repicar. O MACD, entretanto, forneceu sinal de venda, já que a média móvel curta cruzou para baixo a média móvel longa. Isso confirmaria a divergência de baixa ao longo de todo o rali desde o fundo de março de 2020.
Evidentemente, é impossível saber qual indicador se mostrará mais preciso, já que cada um mede diferentes sinais. Lembre-se, a análise técnica não é saber o que vai acontecer.
Ela simplesmente tenta refletir sobre aspectos de oferta e demanda a partir de um ponto de vista particular. Um analista técnico tenta avaliar as evidências e operar com base nas estatísticas.
Estratégias de negociação
Traders conservadores devem aguardar o preço registrar nova máxima e depois cair novamente em direção ao fundo do canal e testar o suporte.
Traders moderados podem comprar após um candle altista.
Traders agressivos podem abrir compra agora, se aceitarem o risco maior proporcional ao ganho maior de tomar a iniciativa antes do resto do mercado.
Exemplo de operação – Compra agressiva
- Entrada: US$325
- Stop-Loss: US$320
- Risco: US$5
- Alvo: US$350
- Retorno: US$25
- Relação risco-retorno: 1:5