Publicado originalmente em inglês em 27/07/2021
As ações do Facebook (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34) dispararam na sexta-feira, valorizando-se mais de 5% no dia. Existem duas razões para esse movimento dinâmico.
Primeiro, o Credit Suisse (SIX:CSGN) elevou o preço-alvo das ações da operadora de redes sociais de US$400 para US$480, uma atualização de 20%, após “conversas com anunciantes indicarem uma recuperação do orçamento de publicidade na maioria dos setores, o que ajudará o Facebook”, de acordo com o banco, em uma matéria do portal TheStreet.com.
Em segundo lugar, embora seja uma explicação menos óbvia, a Snap (NYSE:SNAP) (SA:S1NA34) divulgou um extraordinário balanço para o 2º tri na quinta-feira, acima das expectativas de crescimento lucro, receita e usuários. Os mercados encararam o sucesso dessa empresa de informação e conteúdo na internet como um indicador de sinais de crescimento na publicidade online, que, evidentemente, além de formar o core business da SNAP, é fundamental para todo o mercado de redes sociais, inclusive gigantes como o Facebook.
Os sinais técnicos corroboram essa leitura, sinalizando que as ações do FB devem continuar subindo.
Na sexta-feira, o Facebook concluiu um padrão altista de bandeira descendente após seu movimento de mais de US$30, uma disparada de mais de 9% em apenas seis pregões. Naquele momento, a realização de lucro deu uma pausa.
Apesar da natureza descendente da consolidação, o fato de estar tão carregada, ao contrário da alta praticamente em linha reta anterior, é um indicativo de demanda suficiente para absorver a oferta, que parece ser apenas temporária.
A comprovação do padrão é o rompimento do topo. Os compradores foram mais fortes que os vendedores, de modo que, após a exaustão das vendas, os compradores elevaram suas ofertas para aproveitar a demanda.
Esse comportamento tende a fazer com que o preço gere uma reação em cadeia no mercado, inclusive via cobertura de vendas e novas compras. Dessa forma, a expectativa é que a ação continue subindo.
Nota: o preço já se valorizou US$25 desde o ponto de rompimento, o que já compreende a maior parte do alvo de US$30, medido pelo mastro, ou seja, o forte movimento de alta antes da formação da bandeira. O rompimento de sexta-feira foi poderoso e contou com o suporte do aumento de volume.
Na segunda-feira, no entanto, o preço falhou em testar a máxima do pregão anterior, fechando abaixo da sua máxima intradiária. A máxima de segunda ficou inclusive abaixo da máxima de sexta. O volume também, caiu pela metade, ficando um pouco mais alto do registrado na quinta-feira.
O preço parece estar encontrando resistência no topo do canal ascendente, onde os vendedores superam em número os compradores.
Além disso, o IFR cruzou o nível sobrecomprado de 70, demonstrando que o momentum pode estar aumentando, abrindo espaço para uma correção. Por isso, os investidores mais cautelosos podem aguardar um recuo antes de abrir compra.
Por outro lado, se os resultados forem tão bons quanto se espera, não haverá correção nos níveis atuais. Novamente, pode ser que a disparada de sexta já tenha sido precificada nas expectativas de melhores resultados, em vista dos bons números da Snap.
Estratégias de negociação
Traders conservadores devem aguardar a divulgação dos resultados na quarta-feira, após o fechamento, e uma correção dos preços.
Traders moderados podem abrir compra, cientes de que pode haver volatilidade, após bandeira ter entregado a maior parte do alvo implícito.
Traders agressivos podem entrar contra a tendência, abrindo venda, na expectativa de uma correção. No entanto, é uma operação altamente arriscada, que requer um stop bem curto. Apresentamos a seguir um exemplo:
Exemplo de operação – venda agressiva contra a tendência
- Entrada: US$374
- Stop-Loss: US$376
- Risco: US$2
- Alvo: US$360
- Retorno: US$14
- Relação risco-retorno: 1:7