As ações da Amazon (NASDAQ:AMZN)(SA:AMZO34), a poderosa varejista da internet, caíram 5,6% na segunda-feira, fechando a US$ 2.749, mesmo depois de os analistas do banco de investimento global J.P. Morgan terem classificado a ação como a sua "principal escolha de ação da internet".
É fácil atribuir a culpa imediata à tendência de venda do mercado em geral, desencadeada por receios de uma escalada das hostilidades relacionadas com a invasão da Ucrânia pela Rússia, em conjunto com preços das commodities já em disparada, que só subiram desde a incursão.
Entretanto, apesar do título de principal tese da internet do JPM, os problemas continuados da cadeia de fornecimento, presentes desde que as restrições devido à Covid começaram a ser impostas em 2020, impactaram diretamente as vendas da Amazon. Um olhada pelo site é o bastante para compreender a gravidade do problema - inúmeras páginas trazem mensagens de que o item listado não está em estoque, sem nenhuma previsão da data de disponibilidade futura.
Além disso, já discutimos antes como os consumidores já tiveram sua cota de compras online após o longo período de isolamento em casa que acabamos de atravessar e estão ansiosos para voltar ao mundo real, deslocando os gastos para atividades ao ar livre, entretenimento e viagens; se chegam a fazer compras, estão fazendo em lojas físicas.
Do ponto de vista fundamentalista, este último desdobramento não deveria ser realmente um catalisador significativo para a queda da ação. A empresa com sede em Seattle, Washington, depende cada vez menos das vendas a varejo para expandir sua rentabilidade.
A operação de serviços da web na nuvem da Amazon, a AWS, angariou US$ 18,5 bilhões dos lucros operacionais da empresa no ano passado, ou 74% dos ganhos da companhia. Isso é quase três vezes a participação do resultado da sua operação de e-commerce.
No entanto, as ações da AMZN têm registado um declínio desde seu preço recorde de US$ 3.31,41, em de 8 de julho. Até o fechamento de segunda-feira, a ação caiu 26,35%, bem dentro da faixa de um mercado de urso, que é definido por um recuo de 20%. Além disso, a análise técnica da AMZN sinalizam que ela provavelmente irá cair ainda mais.
Ontem, a ação completou um triângulo simétrico, descendente após o mergulho anterior. Essa queda foi, em si, um rompimento descendente do que parece ser um topo. A meta implícita do padrão é US$ 2.250.
Estratégias de negociação
Os investidores conservadores devem esperar que o preço feche abaixo do nível de US$ 2.700 e continue abaixo do triângulo por pelo menos três dias, e então esperar por uma recuperação a fim de reduzir a exposição antes de arriscar uma posição curta.
Os investidores moderados devem entrar em short quando o preço passar pelo menos dois pregões e tiver entrado em um rali de correção a fim de entrar mais próximo da resistência.
Os investidores agressivos podem entrar curtos à vontade, desde que tenham um plano de negociação adequado a seu timing, orçamento e temperamento. Segue abaixo um exemplo genérico:
Exemplo de negociação– posição curta agressiva
- Entrada: US$ 2.800
- Stop-Loss: US$ 2.900
- Risco: US$ 100
- Meta: US$ 2.300
- Recompensa: US$ 500
- Taxa Risco-Recompensa: 1:5