Raul Seixas cantou em 1973: “Eu vou desdizer aquilo tudo que eu lhe disse antes” e foi basicamente com este mote que o mercado financeiro local ganhou impulso, após membros do governo reverterem diversos discursos de posse que tanto influenciaram as reações negativas dos investidores.
Rui Costa veio “ao resgate”, dizendo não haver proposta sendo analisada ou ideia de se reverter as reformas, seja trabalhista, da previdência ou qualquer outra e como disse “nada foi conversado”.
Outro ponto foi Prates indicando que, como futuro possível presidente da Petrobras (BVMF:PETR4), não deverá retirar a paridade do preço do petróleo dos indicadores internacionais, voltando atrás do que seria a intervenção na política de preços.
No ano passado, o PT fez uma série de “balões de ensaio” com o mercado financeiro, como fazia no passado, testando nomes, propostas e números e aparentemente, continua a atuar em tal expediente.
No discurso à militância, o tal “mercado” sempre é atacado, porém, quando o mesmo reage negativamente a tais discursos desastrados e propostas fora da realidade e afetando os ativos, ocorrem os recuos como os observados ontem.
Isso significa que o governo precisa sair do palanque, parar de olhar para o passado e fingir que o período Dilma não existiu e governar para o futuro, pois o mercado em si quer crescimento econômico, inflação baixa e “pobre viajando de avião”.
De suma importância ontem, a ata da última reunião do FOMC reforçou o discurso de Powell na entrevista após a decisão e reforçou a perspectiva hawkish adotada agora no discurso do Federal Reserve, especialmente após mais um dado do mercado de trabalho acima das expectativas, como no JOLTS de ontem.
“Participantes em geral observaram que uma política restritiva precisa ser mantida até que os dados forneçam confiança de que a inflação está em uma trajetória descendente sustentada para 2%, o que provavelmente levará algum tempo”.
“Será apropriado continuar a aumentar as taxas pelo menos nas próximas reuniões até que estejamos confiantes de que a inflação atingiu o pico”, disse Kashkari, com “pelo menos mais 1 pp de aumentos nos juros para entregar em 2023, mesmo com a inflação mostre sinais de desaceleração”.
Isso tudo reforça a atenção aos dados de hoje de ADP Employment, Jobless Claims e Challenger Job Cuts.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelos dados do mercado de trabalho nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com os PMI Caixin na China superando as expectativas e em ascensão em relação às medições anteriores.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto o ouro e a prata.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, após abrir o ano com significativas perdas e atingir pontos de compra.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,41%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4313 / -0,57 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,132%
Dólar / Yen : ¥ 132,58 / -0,075%
Libra / Dólar : US$ 1,20 / -0,290%
Dólar Fut. (1 m) : 5475,84 / -0,05 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,79 % aa (0,69%)
DI - Janeiro 25: 13,31 % aa (1,07%)
DI - Janeiro 26: 13,28 % aa (1,23%)
DI - Janeiro 27: 13,32 % aa (1,24%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,1220% / 105.335 pontos
Dow Jones: 0,4026% / 33.270 pontos
Nasdaq: 0,6911% / 10.459 pontos
Nikkei: 0,40% / 25.821 pontos
Hang Seng: 1,25% / 21.052 pontos
ASX 200: 0,06% / 7.064 pontos
ABERTURA
DAX: -0,122% / 14473,11 pontos
CAC 40: -0,306% / 6755,71 pontos
FTSE: 0,396% / 7615,22 pontos
Ibov. Fut.: 1,40% / 106766,00 pontos
S&P Fut.: 0,02% / 3875,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,227% / 10998,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,62% / 109,24 ptos
Petróleo WTI: 2,57% / $74,71
Petróleo Brent: 2,51% / $79,79
Ouro: -0,29% / $1.849,93
Minério de Ferro: 0,08% / $115,15
Soja: 0,10% / $1.479,75
Milho: 0,57% / $657,00
Café: -0,03% / $161,45
Açúcar: 0,05% / $19,54