Publicado originalmente em inglês em 08/06/2021
A Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34), empresa controladora do Google, está tendo um desempenho brilhante neste ano.
Pertencente ao grupo FAANG, que reúne grandes ações tecnologia, como Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34) e Amazon.com (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34), essa gigante digital está registrando um movimento tão forte neste ano que deixou muitos investidores surpresos, principalmente no momento em que o rali de tecnologia na pandemia mostra sinais de pico.
As ações da empresa sediada em Mountain View, Califórnia, dispararam cerca de 40% neste ano, justamente quando os investidores estão dando uma pausa em outros papéis de alto crescimento.
O Google, cujas ações fecharam a US$2.402,30 nesta segunda-feira, continua sendo o nome de maior destaque entre as cinco mega-ações de tecnologia.
O que está atraindo os investidores a comprar ações do Google é um claro sinal de que a empresa está saindo da pandemia mais forte, com suas vendas se recuperando melhor do que o esperado.
No trimestre encerrado em 31 de março, a Alphabet registrou um salto de 35% nas vendas, se comparadas com o mesmo período do ano passado. De maneira geral, a Alphabet gerou um lucro líquido de US$17,9 bilhões, quase o dobro do saldo apurado no mesmo trimestre do ano anterior.
Esse forte crescimento, de acordo com muitos analistas, não irá parar quando os consumidores voltarem a fazer viagens, jantar em restaurantes, passar férias em destinos turísticos e fazer compras em lojas físicas, atividades que alimentam o tráfego na internet e geram receita com publicidade para o Google.
Mais espaço para alta
Analistas do Barclays disseram em nota recente que estavam reiterando sua recomendação na Alphabet, seu nome favorito entre as mega-ações de tecnologia, ressaltando que a perspectiva para suas ações é “brilhante”. A empresa manteve sua classificação de overweight (acima da média), elevando seu preço-alvo de US$2.500 para US$3.000.
Analistas da Wedbush definiram um preço-alvo de US$ 2.953 para as ações do Google e disseram que a empresa oferece “uma grande oportunidade de mercado que deve acelerar com o fim da pandemia”.
De acordo com os analistas da Wedbush:
“A Alphabet está bem posicionada em diversas áreas comerciais, e acreditamos que essa posição pode sustentar um crescimento geral do seu core business publicitário e do faturamento dos seus negócios na nuvem no longo prazo”.
Apesar de algumas casas de análise afirmarem que as ações do Google estão ficando caras após o rali deste ano, quarenta e duas delas estão otimistas com a ação e algumas preveem inclusive valorizações acima de 20%.
Além dos negócios com publicidade da companhia, a pandemia também impulsionou outras unidades que devem sustentar seu market share. A receita publicitária do YouTube, por exemplo, disparou durante a pandemia, já que a plataforma de compartilhamento de vídeos alcançou mais usuários entre as pessoas de 25 a 49 anos do que todas as redes a cabo combinadas.
O YouTube teve um faturamento publicitário 49% acima do trimestre passado, enquanto o YouTube Shorts, concorrente do TikTok, registrou 6,5 bilhões de visualizações diárias até março, uma alta em relação aos 3,5 bilhões ao final de 2020. A unidade de computação na nuvem do Google também cresceu rapidamente com a disparada da demanda por serviços baseados na internet devido ao aumento do teletrabalho.
Conclusão
Graças a seus vetores tradicionais de crescimento, que continuam incontestáveis, e ao bom posicionamento da empresa, que deve crescer rápido no mundo pós-pandemia, acreditamos que as ações do Google continuarão tendo um desempenho melhor do que outras mega-ações de tecnologia. A ação ainda pode subir mais enquanto a economia se reabre rapidamente, trazendo de volta as vendas com anúncios digitais dos setores de hospitalidade de viagens.