EUA
Sobre US eu continuo achando que a inflação vai dar as caras e o FED vai ter que subir umas 4x os juros esse ano levando esse dos atuais 1,5% para 2,5%. Isso porque: (i) preços de commodities subiram; (ii) taxação de Steel e Alumínio; (iii) dólar desvalorizado impacta nos preços de importados; (iv) mercado de trabalho com baixa disponibilidade de mão de obra aliado aos controles migratórios.
Mas entre o que eu acho e o que a realidade mostra, existe muitas vezes um grande gap. Veja que o último dado de inflação dessa semana tranquilizou o mercado.
Abrindo por diferentes setores que afetam o CPI, da pra ver que os que sofrem influencia do petróleo como transporte já tem puxado a inflação pra cima:
E o PPI (inflação ao produtor) que pega mais o efeito do dólar mais fraco nos insumos, vem mostrando que a tendência é de mais inflação a frente:
O que falta para a inflação dar as caras e o cenário que falei ali em cima se materializar, é alguma reação dos salários:
Essa discussão de juros é deveras importante porque determina o preço do dinheiro no mundo e de quebra coloca um piso nos juros aqui no Brasil. Por isso acho mega relevante.
Sobre a discussão do aço e alumínio e Trump e tudo mais. Achei esse gráfico bem bacana pra dar uma visão geral acerca da produção de aço e as importações americanas.
E pra acabar a unica coisa que preocupa em termos de US é aquilo que comentei semana passada, de que apesar da melhora na confiança dos agentes nos EUA, as vendas no varejo e o consumo americano tem sido menor. Talvez já impactado pelo dólar mais fraco, mas enfim. Chama atenção. Últimos 3 meses as vendas no varejo decepcionaram.
EUROPA
Último dado de produção industrial foi uma decepção master ainda que o continente siga mostrando crescimento da produção.
Tanto é que a utilização de capacidade instalada está nos highs de muitos anos:
Com isso, já temos visto um aumento interessante nos investimentos em máquinas e equipamentos, o que é muito bom e tende a incrementar produtividade do trabalhador por lá no médio prazo. Ah e como mostra o gráfico abaixo, tem espaço para o investimento em construção voltar.
Então a tendência é a continuidade do que temos visto por lá: crescimento econômico voltando, empregos e renda sendo gerados, a confiança do consumidor forte e, quem sabe a tão sonhada inflação?
CHINA
Na China parece que o estado cansou de ficar sustentando a economia a qualquer preço e a desaceleração vai acontecendo. Ainda bem que sem sobressaltos. Melhor assim, evita bolhas. O mundo agradece. Fizeram intervenção bem estilo keynesiana, mas felizmente pontual para dar uma animada na economia mundial lá em 2016.
RÚSSIA
É só o petróleo voltar a subir que a Rússia vira país rico novamente? Petróleo e gás representam “apenas” 68% do total exportado ´pelos russos. Balança comercial virou bem!
CHILE
Consumidores e empresários confiantes no futuro do Chile agora ao comando de Piñera:
EGITO
Pra quem acha que é só a nossa bolsa que anda subindo. Dá uma olhada no Egito: